Foto: Fernando Chaves







Fundação Bienal de São Paulo

Edemar Cid Ferreira
Presidente

Pedro Paulo de Sena Madureira
Primeiro Vice-presidente

Jens Olesen
Vice Presidente Internacional

Julio Landmann
Diretor

Diretores Representantes

Marcos Ribeiro de Mendonça
Secretário de Estado da Cultura

Rodolfo Konder
Secretário Municipal de Cultura

Armando Sérgio Frazão
Ministério das Relações Exteriores

Eric Nepomuceno
Secretário Especial de Intercâmbios e Projetos Especiais
Ministério da Cultura

Diretores-Adjuntos

Altino João de Barros
Edgardo Pires Ferreira
Fábio Penteado
René Parrini

Diretores Executivos

Marcos Weinstock
Paulo Fernando Dubeux Altino de Araujo
Zazi Aranha Corrêa da Costa

Curadoria

Nelson Aguilar
Curador-geral
Agnaldo Farias
Curador-adjunto

Conselho de Honra

Oscar P. Landmann
Presidente

Alex Periscinoto
Jorge Eduardo Stockler
Jorge Wilheim
Luiz Diederichsen Villares
Luiz Fernando Rodrigues Alves
Maria Rodrigues Alves
Roberto Muylaert

Conselho de Administração

Celso Neves
Presidente
Oscar P. Landmann
Vice-presidente

Membros Vitalícios

Armando Costa de Abreu Sodré
Benedito José S. de Mello Pati
César Giorgi
Francisco Luiz de A Salles
Giannandrea Matarazzo
João de Scantimburgo
Oscar P. Landmann
Oswaldo Arthur Bratke
Oswaldo Silva
Otto Heller
Roberto Maluf
Roberto Pinto de Souza
Sábato Antonio Magaldi
Sebastião de A Prado Sampaio
Wladimir Murtinho

Membros

Adolpho Leirner
Alex Periscinoto
Álvaro Augusto Vidigal
Angelo Andrea Matarazzo
Antonio Henrique B. Cunha Bueno
Áureo Bonilha
Caio de Alcântara Machado
Carlos Bratke
Carlos Eduardo Moreira Ferreira
Celso Neves
Diná Lopes Coelho
Edemar Cid Ferreira
Edgardo Pires Ferreira
Eduardo de Moraes Dantas
Ernest Gunter Lipkau
Fernando Roberto Moreira Salles
Fernão Carlos Botelho Bracher
Gilberto Chateaubriand
Hélène Matarazzo
Henrique de Macedo Netto
Jens Olesen
Jorge da Cunha Lima
Jorge Wilheim
José Ermírio de Moraes Filho
Júlio Landmann
Lucio Gomes Machado
Luiz Antonio Seraphico A Carvalho
Manoel Ferraz Whitaker Salles
Maria do Carmo Abreu Sodré
Maria Rodrigues Alves
Mendel Aronis
Miguel Alves Pereira
Oswaldo Corrêa Gonçalves
Pedro Aranha Corrêa do Lago
Pedro Franco Piva
Pedro Paulo de Sena Madureira
Pietro Maria Bardi
Roberto Duailibi
Romeu Mindlin
Rubens José Mattos Cunha Lima
Rubens Ricupero
Thomaz Farkas
Wolfgang Sauer
Francisco Matarazzo Sobrinho (1898/1977)
Presidente perpétuo




O público da XXIII Bienal Internacional de São Paulo

A visitação de público pagante da XXIII Bienal foi recorde. De 6 de outubro a 8 de dezembro de 1996 foram vendidos 398.879 ingressos*. Mais de 70 mil pessoas, entre estudantes e professores da rede pública, visitaram a mostra gratuitamente, assistidos por uma equipe de 110 monitores especializados. A média de público diária foi de 7.252 pessoas. Cerca de 65% do público adquiriu ingresso por telefone.

A XXIII Bienal foi a primeira para 62% do público, segundo levantamento qualitativo realizado pela Análise & Síntese Pesquisa e Marketing na semana de 5 a 10 de novembro de 1996. O mesmo levantamento apontou que cerca de 36% de visitantes moravam fora da grande São Paulo. Picasso e Munch foram os artistas preferidos dos visitantes do espaço Museológico, seguidos por Andy Warhol e Paul Klee. 98% dos entrevistados declararam que têm a intenção de visitar a próxima Bienal Internacional de São Paulo.

* dados aferidos pela Ductor Implantação de Projetos S/A e Telemarketing Quatro A Ltda.




Os destaques das Bienais : 1951 - 1994

Inspirado na Bienal de Veneza, Francisco Matarazzo Sobrinho idealizou a Bienal de Artes Plásticas de São Paulo, em 1951. As 22 Bienais realizadas até hoje reuniram obras de valor inestimável. A média de participação estrangeira em todas as Bienais é de 50 países com, aproximadamente, 12 mil obras, entre nacionais e internacionais.

Para a primeira Bienal, um pavilhão especial foi construído no belvedere do Parque Trianon, em São Paulo, onde hoje se encontra o Museu de Arte de São Paulo (Masp). As duas mostras seguintes foram realizadas no Pavilhão Manoel da Nóbrega, antigo Pavilhão das Nações, atual prédio da Prodam, no Parque Ibirapuera. A quarta edição da Bienal já foi realizada no mesmo espaço em que é montada até hoje, o Pavilhão Cicillo Matarazzo, idealizado por uma equipe de arquitetos encabeçada por Oscar Niemeyer e Hélio Uchôa.

Em 1962, a Bienal desligou-se do Museu de Arte Moderna que a patrocinava até então, e transformou-se em Fundação Passou a manter-se com doações de Francisco Matarazzo, completadas com subvenções Estadual, Municipal e Federal, através de convênios, além de contribuições de empresários.




Artistas e premiações

1951 - A primeira Bienal reuniu 1.800 obras enviadas por 21 países e contou com a presença de artistas como Picasso, Di Cavalcanti, Portinari, Brecheret, Bruno Giorgi, Segall, Morandi, Chastel e Giacometti, entre outros. Entre os artistas brasileiros, receberam prêmios oficiais Brecheret, Aldemir Martins, Danilo Di Prete e Oswaldo Goeldi. Os prêmios aquisição foram para obras de Maria Leontina, Marcelo Grassmann. Tarsila do Amaral, Heitor dos Prazeres, Ivan Serpa, Bruno Giorgi, Mário Cravo Neto e Geraldo de Barros. Na seção internacional, os prêmios oficiais foram para Roger Chastel, Edouard Pignon, Germaine Richier e Max Bill. Os prêmios aquisição foram para Will Baumeister, Hans Uhlmann, N. Roszrach, P. Clough, Robert Adam, Theodore Roszak, Alberto Magnelli e Giuseppe Viviani.

1953 - Na II Bienal, começaram a ter destaque as exposições especiais e retrospectivas de artistas como Picasso, com ``Guernica´´, Volpi, Klee, Aldemir Martins, Alexander Calder, Mondrian, Bonadei, Flávio de Carvalho, Manabu Mabe e Di Prete.

1955 - As retrospectivas de Cândido Portinari e Lasar Segall foram os destaques da III Bienal. Outros artistas importantes da terceira edição da mostra foram Max Bechamnn, Wilheim Thony e André Derain. As premiações foram feitas por técnicas: pintura, escultura, desenho e gravura.

1957 - A IV Bienal, já instalada no Pavilhão Cicillo Matarazzo, contou com a participação de 48 países, 694 artistas e cerca de 3 mil obras, destacando-se a exposição sob o título ``4 Mil Anos de Vidro´´ que apresentou uma evolução da história do vidro, desde os fenícios até 1957. Destaque para artistas como Chagall, Jackson Pollock e Rivera.

1959 - Com 4 mil obras, a V Bienal apresentou quatro destaques: a sala ``Expressionismo´´ (Alemanha); ``Quatro Séculos de Gravura´´ (França); a exposição ``U j i k o-E´´ (Japão), com obras dos séculos XVII e XVIII e uma mostra Van Gogh, iniciativa do museu holandês Kroeller-Mueller.

1961 - Para a VI Bienal, inscreveram-se 51 países. Além do Pavilhão Cicillo Matarazzo, foi utilizado um espaço vizinho para a Exposição Internacional de Arquitetura, que contou com a participação de 202 arquitetos de 19 países.Sob a curadoria do crítico Mário Pedrosa, foi proposto um mergulho no passado com a organização de salas históricas importantes, entre elas a do Japão que traçou um histórico de sua caligrafia e a da Iugoslávia que apresentou uma grande coleção de cópias de afrescos medievais de estilo bizantino.

1963 - Pela primeira vez estiveram presentes na VII Bienal países como Síria, Irã, Coréia, Taiti, Senegal e Trinidad Tobago. Tiveram salas especiais os artistas Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Tarsila do Amaral, Frans Krajcberg, Manabu Mabe, Wega Neri, Emil Nolde (Alemanha), Escola Kokoscha (Áustria) e Geer Van Velde (Holanda). A arte colonial boliviana e a arte popular grega também tiveram espaços específicos.

1965 - A VIII Bienal contou com a participação, pela primeira vez, da Nova Zelândia e Filipinas. Além das exposições de artes plásticas e arquitetura, houve uma exposição de jóias e a Bienal do Livro e Artes Gráficas. Os brasileiros premiados foram Danilo Di Prete (pintura), Sérgio Camargo (escultura), Maria Bonomi (gravura), Fernando Odriozola (desenho). O Grande Prêmio Internacional foi concedido para: Alberto Burri e Victor Vasarely (pintura), Kumi Sugal (gravura), Janez Bernik (escultura), Marta Colvin e Joan Ponc (desenho).

1967 - Sessenta países estiveram representados na IX Bienal. Etiópia, Líbano, Barbados, República do Sudão e Tailândia compareceram pela primeira vez. Foram criadas salas especiais para artistas premiados em bienais anteriores. Foi realizada a I Bienal de Ciência e Humanismo, em um pavilhão próximo ao da Bienal.

1969 - Chipre, Malásia e Tunísia foram representados pela primeira vez na mostra. A Bienal de 1969 trouxe apresentações especiais com tapeçarias francesas, as salas Novos Valores, Arte Mágica, Fantástica e Surrealista, além de espaços para homenagens a Ismael Neri e Oswald Goeldi. O grande Prêmio foi concedido ao alemão Erick Hausen.

1971 - 12 mil obras de arte participaram da XI Bienal. Foram montadas salas em homenagem a Sanson Flexor e a Semana de 22. O prêmio ``20 Anos de Bienal´´ foi dado ao italiano Giuseppe Capogrossi. A sala do Brasil apresentou 30 artistas selecionados pela Pré-Bienal. Mais 60 artistas brasileiros participaram da sala ``Vinte Anos de Bienal´´. A mostra apresentou retrospectivas de artistas premiados em bienais anteriores, tornando possível uma reflexão sobre os 20 anos de Bienal.

1973 - A XII Bienal contou com mais de 15 mil obras. Os destaques da mostra foram a sala ``Arte-Comunicação´´ e o espaço aberto para as manifestações ligadas ao teatro, como arquitetura cênica, cenografia e figurino. O grande Prêmio foi para o belga Jean-Michel Folon.

1975 - A arte latino-americana teve destaque na XII Bienal, com salas para os artistas José Luis Cuevas (México), Fernando Szyzlo (Peru), Augusto Torres (Uruguai), Luis Hernandes Cruz (Porto Rico) e Alejandro Otero (Venezuela).

1977 - Para a organização da XIV Bienal foi criado um Conselho de Arte e Cultura (CAC), com poderes normativos.

1979 - A chamada "Bienal das Bienais" aboliu as premiações, que só voltaram em 1988, na vigésima edição da exposição. Para mostrar a evolução dos 28 anos da bienal, selecionou e expôs obras recentes dos artistas premiados nas mostras anteriores, de 1951 a 1977.

1981 - A partir da XVI Bienal, as obras passaram a ser agrupadas pelo sistema da analogia de linguagem e não por países, seguindo metodologia proposta por Walter Zanini.

1983 - A XVII Bienal manteve a mesma estrutura da anterior. Sua grande conquista foi ter 50% do orçamento pago pela iniciativa privada. Além de exposições de artistas nacionais e estrangeiros houve, ainda, duas grandes mostras de arte plumária brasileira..

1985 - A Bienal de 1985 reuniu 46 países sob o enfoque ``O Homem a Vida.´´ Sua principal característica foi a abordagem da produção artística contemporânea por meio do circuito articulado de instalações e a montagem da sala ``Grande Tela´´. Neoexpressionismo e Transvanguarda foram conceitos chaves da exposição.

1987 - A XIX Bienal trouxe 53 países e apresentou 3 mil obras de 400 artistas. A sua conceituação foi completamente diversa das outras e sua montagem foi contestatória.

1989 - A XX Bienal, em seu 38º ano de existência, inovou a forma de escolha e seleção de artistas nacionais e internacionais montando três curadorias: curadoria de Eventos Especiais, curadoria Internacional e curadoria Nacional. As premiações voltaram a existir. A Fundação Alexandre de Gusmão ofereceu prêmios de aquisição para os artistas nacionais. O prêmio internacional foi uma escultura de Brecheret, ``O Índio e a Suaçuapara´´. A principal característica administrativa da XX Bienal foi a de não depender de subvenção estadual ou municipal. Ela contou com patrocinadores da área empresarial e do apoio do Ministério das Relações Exteriores e do Banco do Brasil. Estiveram representados 41 países.

1991 - A XXI Bienal distinguiu-se por sua característica essencialmente teatral. No âmbito das artes plásticas foram apresentadas instalações com conotação fortemente cênica, como as dos brasileiros Alex Fleming, Maurício Bentes ou a da americana Ann Hamilton e do sueco Ulf Rollof, entre outros. Também foram apresentados espetáculos propriamente teatrais, como ``Zuz/O/Suz´´, do grupo La Fura Dels Baus, ``When We Dead Awaken´´, dirigido por Robert Wilson e a ``Trilogie Antica´´, do Teatro Nacional de Bucarest . O regulamento fugiu à regra das outras edições: foram aceitas inscrição de artistas mediante o envio de dossiês com fotos ou vídeos.

1994 - A XXII Bienal, com a curadoria do professor Nelson Aguilar, teve como diretriz a questão do suporte, substrato da arte contemporânea desde os anos 50. Integraram a mostra quase 200 artistas estrangeiros, entre eles os americanos Joan Mitchell, Julian Schnabel e Robert Rauschenberg, o italiano Fabrizio Plessi, o venezuelano Jesús Soto, o cubano José Bedia, o francês Pierre Tal-Coat, o belga Marcel Broodthaers, o dinamarquês Pier Kirkeby e um grupo de artistas chineses no qual se destacou Deng Ling. Foram montadas 25 salas especiais e instalações de vídeos. 26 artistas brasileiros tiveram trabalhos expostos, entre os quais Hélio Oiticica, Lígia Clark, Mira Schendel, Tunga e Nuno Ramos. Criou-se também um espaço museológico para os precussores da arte contemporânea, como o russo Kazimir Malévitch.




Capa | Universalis | Salas especiais | Representações NacionaisTour | Informações Práticas