| Por Josef Helfenstein
Como todas as exposi��es de Klee, essa tamb�m ocorre geograficamente longe dos lugares onde ele exerceu influ�ncia. Isso � uma tradi��o na apresenta��o de suas obras. No caso da XXIII Bienal Internacional de S�o Paulo, encontramo-nos frente a uma situa��o totalmente diversa. Ao contr�rio do que acontece na Europa e na Am�rica do Norte e, de maneira crescente, no Jap�o, onde um n�mero cada vez maior de exposi��es documentam a grande popularidade das obras de Klee, na Am�rica do Sul essas mostras n�o s�o freq�entes. Uma das mais importantes ocorreu h� 40 anos, no mesmo local, isto �, na II Bienal Internacional de S�o Paulo, de novembro de 1953 a fevereiro de 1954. Na ocasi�o, foram apresentadas mais de 50 obras que abrangiam todo o trajeto art�stico de Klee e que pertenciam �s duas grandes cole��es de trabalhos do artista: a da Funda��o Paul Klee, ligada ao Museu de Arte de Berna, e a da fam�lia Klee. As obras que ser�o exibidas na XXIII Bienal Internacional de S�o Paulo tamb�m abrangem o per�odo de 1899 a 1940. Uma parte delas dever� explicitar a trajet�ria da carreira do artista. At� 1910, Klee buscava um estilo pessoal de trabalho. A amizade com Alfred Kubin, iniciada nesse per�odo - Kubin come�ou a acompanhar com interesse o trabalho de Klee e comprou seu primeiro desenho - , foi o sinal para uma sempre crescente liga��o de Klee com artistas da vanguarda europ�ia. Nos primeiros 15 anos de atividade, Klee dedicou-se quase que exclusivamente ao desenho. Nas ilustra��es que realizou, entre 1911 e 1912, para o romance C�ndido ou o Otimismo, de Voltaire, o artista conseguiu concretizar uma concep��o modernista do desenho, que somente depois de 1914 perdeu o papel dominante que exerceu em sua obra. Em fevereiro de 1911, Klee iniciou a prepara��o de um cat�logo para registrar seus trabalhos, incluindo os desenhos dirigidos �s crian�as. Essa atividade permitiu-lhe observar, classificar e ordenar sua produ��o - assim como havia feito com os di�rios sobre sua biografia e evolu��o art�stica a partir de 1898. Com seus di�rios, Klee valorizou tudo aquilo que considerou importante para a evolu��o de sua arte at� ent�o. A cataloga��o das obras, iniciada em 1911, significou uma organiza��o de seu trabalho, atividade que manteve com muita precis�o at� o final da vida. Entre 1911 e 1912, Klee esteve pr�ximo de pessoas que viriam a marcar de modo decisivo sua biografia. Em 1911, conheceu August Macke e Wassily Kandinsky; em 1912, Robert Delaunay, em Paris, al�m de Hans Arp, Franz Marc e Herwarth Walden. Na segunda viagem a Paris, em abril de 1912, Klee definiu sua independ�ncia frente ao cubismo, e o encontro com integrantes do movimento Cavaleiro Azul intensificou seu interesse pelos desenhos para crian�as. Viajou para a Tun�sia em abril de 1914 na companhia de Louis Moilliet e August Macke. A estada de apenas 14 dias no norte da �frica propiciou uma das fases mais frut�feras de sua carreira. Klee documentou a viagem de maneira muito precisa em seus di�rios. Referia-se a ela como "uma abertura em dire��o � cor". As aquarelas Im Steinbruch (1913) e Berghang (1914), frutos da viagem, documentam duas etapas diferentes da busca, por parte de Klee, de manipular as cores de maneira cada vez mais aut�noma, sem que estivessem relacionadas a algo concreto. Com o in�cio da Primeira Guerra Mundial, em 1� de agosto de 1914, os contatos ficaram mais dif�ceis, colocando um ponto final nas perspectivas otimistas dos artistas alem�es de vanguarda, entre eles Paul Klee, que n�o tinha admira��o pela guerra, ao contr�rio de muitos dos artistas e intelectuais alem�es. O estado de beliger�ncia, por�m, n�o o impediu de continuar a pintar com intensidade. Sempre compensava na arte seu crescente afastamento do mundo, fato que deixou claro nos di�rios e nas cartas que escreveu para Franz Marc. Essa atitude era conseq��ncia direta da guerra, cuja falta de sentido e atrocidades cometidas ele procurava ignorar. Em mar�o de 1916, alguns dias depois da morte de Franz Marc no front, Klee precisou alistar-se no ex�rcito alem�o. Ainda durante a guerra, ao lado das exposi��es que tiveram lugar na Galerie Der Sturm de Berlim, surgiram suas primeiras publica��es, que foram muito bem recebidas. Em 1920, aos 40 anos, ficou registrado seu reconhecimento pelo p�blico. Em maio do mesmo ano foi inaugurada a maior exposi��o at� aquela data, que incluiu 363 obras e foi realizada na Galerie Neue Kunst, de propriedade de Hans Goltz, em Munique. Hans von Wedderkop e Leopold Zahn publicaram, com a ajuda de Klee, as duas primeiras monografias sobre ele. No outono, foi chamado por Walter Gropius para lecionar na Bauhaus, em Weimar. O cargo, que assumiu em janeiro de 1921, permitiu-lhe conhecer um significativo grupo de artistas contempor�neos, como Feininger, Itten, Schlemmer e, a partir de 1922, Kandinsky. A arte na Bauhaus era voltada para uma compreens�o real da gestalt. O trabalho como professor refor�ou seu interesse em aprofundar as experi�ncias que tinha feito at� o momento,especialmente um trabalho met�dico de fundamenta��o te�rica de suas bases art�sticas. Paralelamente, Klee se dedicava � pintura com intensidade. Em 1919, o artista desenvolveu um m�todo pessoal de copiar desenhos a l�pis, tinta ou aquarela em folhas policromadas (desenhos aquarelados com tinta a �leo). Nos primeiros anos em Weimar (1921-1923), Klee utilizou esse m�todo de maneira intensa: Zimmerperspektive mit Einwohnern (1921); Feuerwind (1923); Kinder vor der Stadt (1926). Os ganhos obtidos com a venda de seus trabalhos - sempre crescentes, mesmo em �poca de crise econ�mica, provocada principalmente pela alta taxa de infla��o, foram perdidos. O ano de 1925 foi, para Klee, um ano de decis�es importantes e de sucesso no exterior. Em mar�o, o conselho da cidade de Dessau resolveu acolher a Bauhaus. Depois de algum tempo de hesita��o, Klee optou por manter seu posto de professor na Bauhaus, mas se mudou para aquela cidade apenas em 1926. Foi residir com Kandinksy em uma casa projetada por Gropius. Kandinsky e Klee, a partir desse momento, tamb�m se tornaram respons�veis pelos workshops livres de pintura. No outono de 1925 foi publicada uma cole��o de livros de Bauhaus; o segundo deles foi o Livro de Esbo�os pedag�gicos, de autoria de Klee - uma condensa��o das aulas dadas por ele durante o primeiro semestre daquele ano. Em seguida, no m�s de outubro, Klee fez sua primeira mostra individual em Paris, na Galeria Vavin-Raspail. Em novembro, os surrealistas organizaram a primeira exposi��o coletiva na Galerie Pierre, em Paris, a qual contou com a participa��o de duas obras de Klee. Os surrealistas, especialmente Ren� Crevel, Paul �luard, Louis Aragon e Max Ernst, eram grandes apreciadores de sua arte. Em 1928, foi publicado o ensaio "Tentativas Exatas no Campo da Arte" na revista da Bauhaus. Klee defendia nesse texto a sua concep��o de arte, contr�ria �s tend�ncias racionalistas do novo diretor da Bauhaus, Hannes Meyer. A discuss�o pol�tica a respeito da Bauhaus, dentro da pr�pria escola, fez com que, a partir de 1928, Klee come�asse a pensar em se desligar dela. Seu trabalho ali passou a representar apenas uma obriga��o da qual, no entanto, n�o podia se afastar por raz�es econ�micas. Em 1931, rompeu o contrato com a Bauhaus e se transferiu para a Academia Estadual de Arte, em D�sseldorf. Antes da mudan�a de Klee para D�sseldorf, j� estavam em desenvolvimento as mudan�as econ�micas e pol�ticas que iriam ocorrer na Alemanha em conseq��ncia do crescente poder dos nazistas. Em 1929, a quebra da Bolsa de Nova York - fato que deslanchou uma grande crise mundial -, aliada � crise pol�tica alem�, deram lugar �s conseq��ncias que passaram a afetar a vida de Klee a partir de 1930. Em 1932, a crise econ�mica e o desemprego atingiram o �pice na Alemanha. Em 30 de janeiro, Hitler foi eleito o novo chanceler do Reich. Os novos detentores do poder coibiram a comercializa��o da arte moderna, for�ando in�meros artistas e galeristas a emigrarem. Em mar�o, os nazistas fizeram uma busca na resid�ncia de Klee em Dessau. Em conseq��ncia disso, Klee pediu asilo � Su��a e, em 21 de abril, antes de mudar-se de Dessau para D�sseldorf, foi afastado de seu cargo e exonerado no outono. Em virtude da nova situa��o pol�tica e com o agravamento da crise econ�mica, Klee come�ou a buscar novos contatos no mercado art�stico. Depois de uma temporada no sul da Fran�a, foi a Paris no final de outubro e fechou um contrato de representa��o com Daniel-Henry Kahnweiler, propriet�rio da Galerie Simon. Em Paris, reencontrou o amigo Kandinsky, que havia deixado Dessau, e conheceu Pablo Picasso. Ao voltar para a Alemanha, Klee ainda n�o estava totalmente convencido do perigo que corria. Foi apenas em 23 de dezembro de 1933 que, atendendo aos pedidos de sua mulher, decidiu emigrar para a Su��a. As transforma��es pol�ticas e as amea�as � sua vida come�aram a aparecer cada vez mais em seu trabalho. O ano de 1933 foi o mais frut�fero de sua carreira at� ent�o (J., noch Kind). Seu cat�logo registra a produ��o de 482 obras, entre elas, 314 desenhos. Sua volta a Berna - equivalente a uma emigra��o, ou mesmo uma fuga - representou um violento corte na sua trajet�ria. De uma s� vez, o artista, internacionalmente reconhecido, entrou em um per�odo de isolamento existencial ainda maior, passando a residir em uma cidade provinciana sem nenhuma atividade cultural. Seus contatos restringiam-se a um c�rculo de conhecedores de arte. Depois de v�rios meses sem conseguir trabalhar em conseq��ncia da emigra��o e da necessidade de construir uma nova vida em Berna, voltou, a partir de 1934, a produzir bastante (Vollmond in Garten, Ruhende Sphinx). Entre 1935 e 1936, por�m, suas perspectivas agravaram-se devido a uma crise art�stica que tamb�m influenciou sua produ��o quantitativamente. No outono de 1935, Klee adoeceu gravemente. A doen�a, posteriormente diagnosticada como esclerodermia, comprometeu seu trabalho completamente at� 1936. Nesse ano criou apenas 25 obras. Em 1937, sua sa�de se estabilizou, fato que possibilitou que ele retomasse o antigo ritmo. Teve in�cio, ent�o, sua �ltima e mais intensa fase de cria��o, durante a qual, apesar das seq�elas da doen�a, Klee aumentava progressivamente o n�mero de pe�as que produzia. Em 1937, ele gerou 264 novas obras; em 1938, esse n�mero chegou a 489; em 1939, foram 1.253, e nos meses durante os quais trabalhou, em 1940, criou 366 obras. Klee encontrou um estilo tardio, lapidar, de desenho composto por elementos formais lineares (Mutter und Kind) que, mesmo depois de sua morte, fez com que muitos de seus admiradores questionassem seu trabalho. Alguns dos temas dessas obras tardias - entre elas a s�rie de representa��es de anjos (Engel-Darstellungen) - est�o hoje entre as mais populares obras do artista. Em julho de 1937, os nazistas organizaram em Munique a exposi��o itinerante Arte Degenerada, que incluiu cerca de 15 obras de Klee, acompanhadas por coment�rios difamadores, entre eles o de se tratar de "arte de psicopata". Seguiu-se uma apreens�o das obras consideradas 'degeneradas' e, entre o ver�o e o outono de 1937, um total de 102 obras de Klee foram confiscadas de v�rios museus alem�es. Muitas delas foram vendidas para o exterior em troca de moeda forte. Essa foi a raz�o por que, nos anos posteriores, obras de Klee produzidas antes de 1933, que tinham pertencido a acervos de museus alem�es, terminaram por integrar cole��es estrangeiras, principalmente americanas. Klee procurava n�o entrar em contato com as not�cias negativas, concentrando-se em seu trabalho. Depois do in�cio da Segunda Guerra Mundial, em 1� de setembro de 1939, Paul Klee e sua mulher, Lily, passaram a viver de modo ainda mais reservado. Klee concentrava-se exclusivamente no trabalho, seu 'neg�cio principal', como descreveu sua atividade em carta escrita ao filho Felix no final de 1939. Klee via seu trabalho ent�o nitidamente como uma corrida contra o tempo. As 366 obras registradas no cat�logo de 1940 (ano bissexto) representaram um s�mbolo literal do prov�rbio Nulla dies sine linea. Ele s� conseguiu criar at� o in�cio de maio. Morreu em 29 de junho, quando se submetia a tratamento m�dico em Muralto-Locarno.
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| 1879 Nasce em 18 de dezembro em M�nchenbuchsee, perto de Berna, na Su��a. Sua m�e, Ida Marie Frick Klee, � su��a e o pai, Hans Klee, professor de m�sica, � alem�o. 1880 A fam�lia muda-se para Berna. 1898 Primavera: gradua-se em Literarschule (programa de humanidades) no Gymnasium de Berna (escola secund�ria). Em outubro, muda-se para Munique; estuda arte com Heinrich Knirr e mais tarde com Franz Stuck na Academia de Munique. Inicia os Tageb�cher (di�rios), atividade que mant�m at� 1918. 1901 Outubro: viaja para a It�lia com o escultor Hermann Haller. Em maio de 1902, volta a viver em Berna. 1905 De 31 de maio a 13 de junho viaja a Paris com Hans Bloesch e Louis Moilliet. 1906 Abril: viaja para Berlim. Em 15 de setembro, casa-se com Lily Stumpf, pianista de Munique, que conhece desde 1899. Instalam-se em Schwabing, bairro art�stico de Munique. 1907 Em 30 de novembro nasce o filho Felix Klee. 1909 Mar�o: Felix fica muito doente. Klee assume a total responsabilidade de cuidar do filho. A fam�lia passa o ver�o em Berna. 1911 Primavera: come�a a catalogar sua obra, mantendo informa��es detalhadas sobre ela at� a morte. Registra retroativamente seus trabalhos a partir de 1883. Outono: Moilliet apresenta Klee a August Macke e a Wassily Kandinsky. Pouco depois conhece Franz Marc e Alexey Jawlensky. Torna-se membro do grupo Blaue Reiter. Escreve cr�ticas sobre os eventos culturais de Berna para o jornal Die Alpen. 1912 Fevereiro: participa da segunda exposi��o do Blaue Reiter na Galerie Goltz, em Munique. De 2 a 18 de abril, realiza a segunda viagem a Paris. Visita o est�dio de Robert Delaunay. 1914 Abril: viaja para a Tun�sia com Moilliet e Macke. Visita T�nis, St. Germain, Hamamet e Kairouan. Maio: membro-fundador do New Munich Secession. 1916 Franz Marc morre em Verdun. Klee fica profundamente consternado.11 de mar�o: Klee se alista na infantaria alem� em Landshut. Ver�o: � transferido para Munique e em seguida para a For�a A�rea de Schleissheim; pinta avi�es e integra grupos de militares at� a fronteira. 1917 Janeiro: � transferido para a escola de pilotos de Gersthofen; trabalha como funcion�rio em um escrit�rio. 1918 Dezembro: � dispensado do servi�o militar. 1919 Primavera: aluga grande est�dio no Castelo de Suresnes em Munique. 12 de abril: integra o conselho curador de arte do Raterrepublik, governo socialista da Bav�ria. 11 de junho: deixa Munique por algum tempo, depois da queda do Raterrepublik. Ver�o: Oskar Schlemmer e Willi Baumeister tentam obter a contrata��o de Klee na Academia de Stuttgart; o pedido � recusado pelos professores. Klee assina contrato de tr�s anos com o marchand Hans Goltz em Munique. 1920 Maio-junho: exp�e na Galerie Neue Kunst de Goltz, em Munique (362 obras). Outubro: convidado por Walter Gropius e professores da Bauhaus para dar aulas no Staatliche Bauhaus Weimar, criado no ano anterior. O Credo do Criador � inclu�do na antologia Sch�pferische Konfession publicada pela Tribune der Kunst und Zeit. Leopold Zahn e Hans von Wedderkop escrevem as primeiras monografias sobre Klee. 1921 � publicada a monografia sobre Klee de autoria de Wilhelm Hausenstein. Janeiro: assume cargo na Bauhaus, mas continua morando em Munique, o que o obriga a ir e vir constantemente. 15 de mar�o: morre a m�e de Klee. Setembro: Lily e Felix se mudam para Weimar para ficar junto a Klee. 1923 De 15 de agosto a 30 de setembro: primeiro festival e exposi��o da Bauhaus. A publica��o comemorativa inclui o trabalho de Klee Caminhos para o Estudo da Natureza. Outono: f�rias na ilha Baltrum, no mar do Norte. 1924 De 7 de janeiro a 7 de fevereiro: primeira exposi��o de Klee nos Estados Unidos, organizada por Katherine Dreier, da Soci�t� Anonyme; o evento tem lugar no Heckscher Building, na West 57th Street, em Nova York. 26 de janeiro: Klee profere a palestra Sobre a Arte Moderna por ocasi�o da inaugura��o da exposi��o em Kunstverein, Iena, Alemanha. 31 de mar�o: Klee assina acordo com Kandinsky, Lyonel Feininger e Alexey Jawlensky para formar o Blue Four que ser� representado nos Estados Unidos por Galka Sheyer. Ver�o: viaja para a Sic�lia. 26 de dezembro: a Bauhaus de Weimar � oficialmente fechada. 1925 Abril: a Bauhaus � transferida para Dessau. Outubro-novembro: primeira exposi��o na Fran�a, na Galerie Vavin-Raspail, em Paris. Novembro: participa da primeira exposi��o surrealista na Galerie Pierre em Paris. Pedagogical sketchbook, com projeto gr�fico de L�szlo Moholy-Nagy, � o segundo livro publicado da s�rie Bauhaus Books editada por Gropius e Moholy-Nagy. Assina contrato com o galerista Alfred Fiechtheim. 1926 Julho: Klee e fam�lia mudam-se para uma casa para duas fam�lias projetada por Gropius; eles a compartilham com Wassily e Nina Kandinsky. Outubro-novembro: viaja para a It�lia com Lily. 4 de dezembro: a Bauhaus de Dessau � inaugurada em pr�dio novo projetado por Gropius. 1927 Ver�o: viaja para Porquerolles e C�rsega. 1928 Fevereiro: o jornal Zeitschrift f�r Gelstaltung, publicado pela Bauhaus, divulga "Experimentos Exatos no Dom�nio da Arte" de Klee. Julho-agosto: viaja para Paris e Gr� Bretanha. 17 de dezembro: parte em viagem de um m�s pelo Egito. 1929 Janeiro: volta do Egito via It�lia. Ver�o: passa f�rias no Pa�s Basco. � publicada a monografia de Will Grohmann sobre Klee no Cahiers d'Art de Paris. 1930 Primavera: � convidado para dar aulas na Academia de D�sseldorf. Ver�o: passa f�rias no norte da It�lia. 1931 1� de abril: termina seu contrato com a Bauhaus e come�a a dar aulas em D�sseldorf; continua morando em Dessau. Ver�o: viaja para a Sic�lia. 1932 Outubro: viaja para Zurique para ver a exposi��o de Picasso, seguindo depois para o norte da It�lia. 1933 30 de janeiro: Adolf Hitler assume o poder na Alemanha. Mar�o: oficiais nazistas invadem a casa de Klee em Dessau. 21 de abril: Klee � demitido da Academia de D�sseldorf pelo novo diretor, nomeado pelos nazistas. 1� de maio: deixa Dessau e se muda para D�sseldorf. Outubro: viaja para Paris e para o sul da Fran�a; visita Picasso e assina contrato com o galerista Daniel-Henry Kahnweiler, da Galerie Simon. 23 de dezembro: deixa a Alemanha. Passa a residir na casa de seu pai em Berna. 1934 Primavera: Klee muda para a casa da rua Kistlerweg no 6, em Berna. Os nazistas confiscam a nova monografia de Grohmann que reproduz seus desenhos. 1935 Come�a a sofrer da doen�a diagnosticada mais tarde como esclerodermia. 1936 Seu estado de sa�de se agrava. Klee passa a trabalhar pouco. 1937 Fevereiro: Kandinsky, que vai para Berna em raz�o de uma retrospectiva no Kunsthalle, visita Klee. Julho: a exposi��o organizada pelos nazistas intitulada Arte Degenerada (Entartete Kunst) � inaugurada em Munique e inclui 17 trabalhos de Klee. Ver�o: retoma a pintura. Setembro: viaja para Ascona. 28 de novembro: Picasso visita Klee em Berna. Os nazistas retiram as obras-de-arte moderna das cole��es de �rg�os estatais em toda a Alemanha, incluindo 102 trabalhos de Klee. 1938 Ver�o: passa f�rias em St. Beatenberg. 1939 Abril: Georges Braque visita Klee. Ver�o: visita Genebra duas vezes para ver exposi��es da cole��o do Museu do Prado. Per�odo de extrema atividade, especialmente de desenhos; seu cat�logo registra 1.253 itens. 1940 7 de janeiro: Klee solicita �s autoridades de Berna a cidadania su��a mas nunca a obter�. 12 de janeiro: morte de seu pai, Hans Klee. Maio: � hospitalizado em Orselina. 29 de junho: Klee morre num hospital de Muralto-Locarno. | |
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