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Veleiros
1927. Aquarela, 22,8x30,2 cm. Coleção: Paul Klee-Stiftung, Kunstmuseum, Berna


Por Josef Helfenstein

Como todas as exposições de Klee, essa também ocorre geograficamente longe dos lugares onde ele exerceu influência. Isso é uma tradição na apresentação de suas obras. No caso da XXIII Bienal Internacional de São Paulo, encontramo-nos frente a uma situação totalmente diversa.
Ao contrário do que acontece na Europa e na América do Norte e, de maneira crescente, no Japão, onde um número cada vez maior de exposições documentam a grande popularidade das obras de Klee, na América do Sul essas mostras não são freqüentes.
Uma das mais importantes ocorreu há 40 anos, no mesmo local, isto é, na II Bienal Internacional de São Paulo, de novembro de 1953 a fevereiro de 1954. Na ocasião, foram apresentadas mais de 50 obras que abrangiam todo o trajeto artístico de Klee e que pertenciam às duas grandes coleções de trabalhos do artista: a da Fundação Paul Klee, ligada ao Museu de Arte de Berna, e a da família Klee.
As obras que serão exibidas na XXIII Bienal Internacional de São Paulo também abrangem o período de 1899 a 1940. Uma parte delas deverá explicitar a trajetória da carreira do artista. Até 1910, Klee buscava um estilo pessoal de trabalho. A amizade com Alfred Kubin, iniciada nesse período - Kubin começou a acompanhar com interesse o trabalho de Klee e comprou seu primeiro desenho - , foi o sinal para uma sempre crescente ligação de Klee com artistas da vanguarda européia. Nos primeiros 15 anos de atividade, Klee dedicou-se quase que exclusivamente ao desenho. Nas ilustrações que realizou, entre 1911 e 1912, para o romance Cândido ou o Otimismo, de Voltaire, o artista conseguiu concretizar uma concepção modernista do desenho, que somente depois de 1914 perdeu o papel dominante que exerceu em sua obra.
Em fevereiro de 1911, Klee iniciou a preparação de um catálogo para registrar seus trabalhos, incluindo os desenhos dirigidos às crianças. Essa atividade permitiu-lhe observar, classificar e ordenar sua produção - assim como havia feito com os diários sobre sua biografia e evolução artística a partir de 1898. Com seus diários, Klee valorizou tudo aquilo que considerou importante para a evolução de sua arte até então. A catalogação das obras, iniciada em 1911, significou uma organização de seu trabalho, atividade que manteve com muita precisão até o final da vida.
Entre 1911 e 1912, Klee esteve próximo de pessoas que viriam a marcar de modo decisivo sua biografia. Em 1911, conheceu August Macke e Wassily Kandinsky; em 1912, Robert Delaunay, em Paris, além de Hans Arp, Franz Marc e Herwarth Walden. Na segunda viagem a Paris, em abril de 1912, Klee definiu sua independência frente ao cubismo, e o encontro com integrantes do movimento Cavaleiro Azul intensificou seu interesse pelos desenhos para crianças.
Viajou para a Tunísia em abril de 1914 na companhia de Louis Moilliet e August Macke. A estada de apenas 14 dias no norte da África propiciou uma das fases mais frutíferas de sua carreira. Klee documentou a viagem de maneira muito precisa em seus diários. Referia-se a ela como "uma abertura em direção à cor". As aquarelas Im Steinbruch (1913) e Berghang (1914), frutos da viagem, documentam duas etapas diferentes da busca, por parte de Klee, de manipular as cores de maneira cada vez mais autônoma, sem que estivessem relacionadas a algo concreto.
Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1º de agosto de 1914, os contatos ficaram mais difíceis, colocando um ponto final nas perspectivas otimistas dos artistas alemães de vanguarda, entre eles Paul Klee, que não tinha admiração pela guerra, ao contrário de muitos dos artistas e intelectuais alemães. O estado de beligerância, porém, não o impediu de continuar a pintar com intensidade. Sempre compensava na arte seu crescente afastamento do mundo, fato que deixou claro nos diários e nas cartas que escreveu para Franz Marc. Essa atitude era conseqüência direta da guerra, cuja falta de sentido e atrocidades cometidas ele procurava ignorar. Em março de 1916, alguns dias depois da morte de Franz Marc no front, Klee precisou alistar-se no exército alemão. Ainda durante a guerra, ao lado das exposições que tiveram lugar na Galerie Der Sturm de Berlim, surgiram suas primeiras publicações, que foram muito bem recebidas.
Em 1920, aos 40 anos, ficou registrado seu reconhecimento pelo público. Em maio do mesmo ano foi inaugurada a maior exposição até aquela data, que incluiu 363 obras e foi realizada na Galerie Neue Kunst, de propriedade de Hans Goltz, em Munique. Hans von Wedderkop e Leopold Zahn publicaram, com a ajuda de Klee, as duas primeiras monografias sobre ele. No outono, foi chamado por Walter Gropius para lecionar na Bauhaus, em Weimar. O cargo, que assumiu em janeiro de 1921, permitiu-lhe conhecer um significativo grupo de artistas contemporâneos, como Feininger, Itten, Schlemmer e, a partir de 1922, Kandinsky.
A arte na Bauhaus era voltada para uma compreensão real da gestalt. O trabalho como professor reforçou seu interesse em aprofundar as experiências que tinha feito até o momento,especialmente um trabalho metódico de fundamentação teórica de suas bases artísticas. Paralelamente, Klee se dedicava à pintura com intensidade.
Em 1919, o artista desenvolveu um método pessoal de copiar desenhos a lápis, tinta ou aquarela em folhas policromadas (desenhos aquarelados com tinta a óleo).
Nos primeiros anos em Weimar (1921-1923), Klee utilizou esse método de maneira intensa: Zimmerperspektive mit Einwohnern (1921); Feuerwind (1923); Kinder vor der Stadt (1926).
Os ganhos obtidos com a venda de seus trabalhos - sempre crescentes, mesmo em época de crise econômica, provocada principalmente pela alta taxa de inflação, foram perdidos.
O ano de 1925 foi, para Klee, um ano de decisões importantes e de sucesso no exterior. Em março, o conselho da cidade de Dessau resolveu acolher a Bauhaus. Depois de algum tempo de hesitação, Klee optou por manter seu posto de professor na Bauhaus, mas se mudou para aquela cidade apenas em 1926. Foi residir com Kandinksy em uma casa projetada por Gropius. Kandinsky e Klee, a partir desse momento, também se tornaram responsáveis pelos workshops livres de pintura.
No outono de 1925 foi publicada uma coleção de livros de Bauhaus; o segundo deles foi o Livro de Esboços pedagógicos, de autoria de Klee - uma condensação das aulas dadas por ele durante o primeiro semestre daquele ano. Em seguida, no mês de outubro, Klee fez sua primeira mostra individual em Paris, na Galeria Vavin-Raspail. Em novembro, os surrealistas organizaram a primeira exposição coletiva na Galerie Pierre, em Paris, a qual contou com a participação de duas obras de Klee. Os surrealistas, especialmente René Crevel, Paul Éluard, Louis Aragon e Max Ernst, eram grandes apreciadores de sua arte.
Em 1928, foi publicado o ensaio "Tentativas Exatas no Campo da Arte" na revista da Bauhaus. Klee defendia nesse texto a sua concepção de arte, contrária às tendências racionalistas do novo diretor da Bauhaus, Hannes Meyer. A discussão política a respeito da Bauhaus, dentro da própria escola, fez com que, a partir de 1928, Klee começasse a pensar em se desligar dela. Seu trabalho ali passou a representar apenas uma obrigação da qual, no entanto, não podia se afastar por razões econômicas. Em 1931, rompeu o contrato com a Bauhaus e se transferiu para a Academia Estadual de Arte, em Düsseldorf. Antes da mudança de Klee para Düsseldorf, já estavam em desenvolvimento as mudanças econômicas e políticas que iriam ocorrer na Alemanha em conseqüência do crescente poder dos nazistas. Em 1929, a quebra da Bolsa de Nova York - fato que deslanchou uma grande crise mundial -, aliada à crise política alemã, deram lugar às conseqüências que passaram a afetar a vida de Klee a partir de 1930. Em 1932, a crise econômica e o desemprego atingiram o ápice na Alemanha. Em 30 de janeiro, Hitler foi eleito o novo chanceler do Reich.
Os novos detentores do poder coibiram a comercialização da arte moderna, forçando inúmeros artistas e galeristas a emigrarem. Em março, os nazistas fizeram uma busca na residência de Klee em Dessau. Em conseqüência disso, Klee pediu asilo à Suíça e, em 21 de abril, antes de mudar-se de Dessau para Düsseldorf, foi afastado de seu cargo e exonerado no outono.
Em virtude da nova situação política e com o agravamento da crise econômica, Klee começou a buscar novos contatos no mercado artístico. Depois de uma temporada no sul da França, foi a Paris no final de outubro e fechou um contrato de representação com Daniel-Henry Kahnweiler, proprietário da Galerie Simon. Em Paris, reencontrou o amigo Kandinsky, que havia deixado Dessau, e conheceu Pablo Picasso.
Ao voltar para a Alemanha, Klee ainda não estava totalmente convencido do perigo que corria. Foi apenas em 23 de dezembro de 1933 que, atendendo aos pedidos de sua mulher, decidiu emigrar para a Suíça.
As transformações políticas e as ameaças à sua vida começaram a aparecer cada vez mais em seu trabalho. O ano de 1933 foi o mais frutífero de sua carreira até então (J., noch Kind). Seu catálogo registra a produção de 482 obras, entre elas, 314 desenhos.
Sua volta a Berna - equivalente a uma emigração, ou mesmo uma fuga - representou um violento corte na sua trajetória. De uma só vez, o artista, internacionalmente reconhecido, entrou em um período de isolamento existencial ainda maior, passando a residir em uma cidade provinciana sem nenhuma atividade cultural. Seus contatos restringiam-se a um círculo de conhecedores de arte. Depois de vários meses sem conseguir trabalhar em conseqüência da emigração e da necessidade de construir uma nova vida em Berna, voltou, a partir de 1934, a produzir bastante (Vollmond in Garten, Ruhende Sphinx). Entre 1935 e 1936, porém, suas perspectivas agravaram-se devido a uma crise artística que também influenciou sua produção quantitativamente.
No outono de 1935, Klee adoeceu gravemente. A doença, posteriormente diagnosticada como esclerodermia, comprometeu seu trabalho completamente até 1936. Nesse ano criou apenas 25 obras. Em 1937, sua saúde se estabilizou, fato que possibilitou que ele retomasse o antigo ritmo. Teve início, então, sua última e mais intensa fase de criação, durante a qual, apesar das seqüelas da doença, Klee aumentava progressivamente o número de peças que produzia. Em 1937, ele gerou 264 novas obras; em 1938, esse número chegou a 489; em 1939, foram 1.253, e nos meses durante os quais trabalhou, em 1940, criou 366 obras. Klee encontrou um estilo tardio, lapidar, de desenho composto por elementos formais lineares (Mutter und Kind) que, mesmo depois de sua morte, fez com que muitos de seus admiradores questionassem seu trabalho. Alguns dos temas dessas obras tardias - entre elas a série de representações de anjos (Engel-Darstellungen) - estão hoje entre as mais populares obras do artista.
Em julho de 1937, os nazistas organizaram em Munique a exposição itinerante Arte Degenerada, que incluiu cerca de 15 obras de Klee, acompanhadas por comentários difamadores, entre eles o de se tratar de "arte de psicopata". Seguiu-se uma apreensão das obras consideradas 'degeneradas' e, entre o verão e o outono de 1937, um total de 102 obras de Klee foram confiscadas de vários museus alemães. Muitas delas foram vendidas para o exterior em troca de moeda forte. Essa foi a razão por que, nos anos posteriores, obras de Klee produzidas antes de 1933, que tinham pertencido a acervos de museus alemães, terminaram por integrar coleções estrangeiras, principalmente americanas. Klee procurava não entrar em contato com as notícias negativas, concentrando-se em seu trabalho.
Depois do início da Segunda Guerra Mundial, em 1º de setembro de 1939, Paul Klee e sua mulher, Lily, passaram a viver de modo ainda mais reservado. Klee concentrava-se exclusivamente no trabalho, seu 'negócio principal', como descreveu sua atividade em carta escrita ao filho Felix no final de 1939.
Klee via seu trabalho então nitidamente como uma corrida contra o tempo. As 366 obras registradas no catálogo de 1940 (ano bissexto) representaram um símbolo literal do provérbio Nulla dies sine linea. Ele só conseguiu criar até o início de maio. Morreu em 29 de junho, quando se submetia a tratamento médico em Muralto-Locarno.



























































































Cronologia



1879
Nasce em 18 de dezembro em Münchenbuchsee, perto de Berna, na Suíça. Sua mãe, Ida Marie Frick Klee, é suíça e o pai, Hans Klee, professor de música, é alemão.
1880
A família muda-se para Berna.
1898
Primavera: gradua-se em Literarschule (programa de humanidades) no Gymnasium de Berna (escola secundária). Em outubro, muda-se para Munique; estuda arte com Heinrich Knirr e mais tarde com Franz Stuck na Academia de Munique. Inicia os Tagebücher (diários), atividade que mantém até 1918.
1901
Outubro: viaja para a Itália com o escultor Hermann Haller. Em maio de 1902, volta a viver em Berna.
1905
De 31 de maio a 13 de junho viaja a Paris com Hans Bloesch e Louis Moilliet.
1906
Abril: viaja para Berlim. Em 15 de setembro, casa-se com Lily Stumpf, pianista de Munique, que conhece desde 1899. Instalam-se em Schwabing, bairro artístico de Munique.
1907
Em 30 de novembro nasce o filho Felix Klee.
1909
Março: Felix fica muito doente. Klee assume a total responsabilidade de cuidar do filho. A família passa o verão em Berna.
1911
Primavera: começa a catalogar sua obra, mantendo informações detalhadas sobre ela até a morte. Registra retroativamente seus trabalhos a partir de 1883. Outono: Moilliet apresenta Klee a August Macke e a Wassily Kandinsky. Pouco depois conhece Franz Marc e Alexey Jawlensky. Torna-se membro do grupo Blaue Reiter. Escreve críticas sobre os eventos culturais de Berna para o jornal Die Alpen.
1912
Fevereiro: participa da segunda exposição do Blaue Reiter na Galerie Goltz, em Munique. De 2 a 18 de abril, realiza a segunda viagem a Paris. Visita o estúdio de Robert Delaunay.
1914
Abril: viaja para a Tunísia com Moilliet e Macke. Visita Túnis, St. Germain, Hamamet e Kairouan. Maio: membro-fundador do New Munich Secession.
1916
Franz Marc morre em Verdun. Klee fica profundamente consternado.11 de março: Klee se alista na infantaria alemã em Landshut. Verão: é transferido para Munique e em seguida para a Força Aérea de Schleissheim; pinta aviões e integra grupos de militares até a fronteira.
1917
Janeiro: é transferido para a escola de pilotos de Gersthofen; trabalha como funcionário em um escritório.
1918
Dezembro: é dispensado do serviço militar.
1919
Primavera: aluga grande estúdio no Castelo de Suresnes em Munique. 12 de abril: integra o conselho curador de arte do Raterrepublik, governo socialista da Bavária. 11 de junho: deixa Munique por algum tempo, depois da queda do Raterrepublik. Verão: Oskar Schlemmer e Willi Baumeister tentam obter a contratação de Klee na Academia de Stuttgart; o pedido é recusado pelos professores. Klee assina contrato de três anos com o marchand Hans Goltz em Munique.
1920
Maio-junho: expõe na Galerie Neue Kunst de Goltz, em Munique (362 obras). Outubro: convidado por Walter Gropius e professores da Bauhaus para dar aulas no Staatliche Bauhaus Weimar, criado no ano anterior. O Credo do Criador é incluído na antologia Schöpferische Konfession publicada pela Tribune der Kunst und Zeit. Leopold Zahn e Hans von Wedderkop escrevem as primeiras monografias sobre Klee.
1921
É publicada a monografia sobre Klee de autoria de Wilhelm Hausenstein. Janeiro: assume cargo na Bauhaus, mas continua morando em Munique, o que o obriga a ir e vir constantemente. 15 de março: morre a mãe de Klee. Setembro: Lily e Felix se mudam para Weimar para ficar junto a Klee.
1923
De 15 de agosto a 30 de setembro: primeiro festival e exposição da Bauhaus. A publicação comemorativa inclui o trabalho de Klee Caminhos para o Estudo da Natureza. Outono: férias na ilha Baltrum, no mar do Norte.
1924
De 7 de janeiro a 7 de fevereiro: primeira exposição de Klee nos Estados Unidos, organizada por Katherine Dreier, da Société Anonyme; o evento tem lugar no Heckscher Building, na West 57th Street, em Nova York. 26 de janeiro: Klee profere a palestra Sobre a Arte Moderna por ocasião da inauguração da exposição em Kunstverein, Iena, Alemanha. 31 de março: Klee assina acordo com Kandinsky, Lyonel Feininger e Alexey Jawlensky para formar o Blue Four que será representado nos Estados Unidos por Galka Sheyer. Verão: viaja para a Sicília. 26 de dezembro: a Bauhaus de Weimar é oficialmente fechada.
1925
Abril: a Bauhaus é transferida para Dessau. Outubro-novembro: primeira exposição na França, na Galerie Vavin-Raspail, em Paris. Novembro: participa da primeira exposição surrealista na Galerie Pierre em Paris. Pedagogical sketchbook, com projeto gráfico de Lászlo Moholy-Nagy, é o segundo livro publicado da série Bauhaus Books editada por Gropius e Moholy-Nagy. Assina contrato com o galerista Alfred Fiechtheim.
1926
Julho: Klee e família mudam-se para uma casa para duas famílias projetada por Gropius; eles a compartilham com Wassily e Nina Kandinsky. Outubro-novembro: viaja para a Itália com Lily. 4 de dezembro: a Bauhaus de Dessau é inaugurada em prédio novo projetado por Gropius.
1927
Verão: viaja para Porquerolles e Córsega.
1928
Fevereiro: o jornal Zeitschrift für Gelstaltung, publicado pela Bauhaus, divulga "Experimentos Exatos no Domínio da Arte" de Klee. Julho-agosto: viaja para Paris e Grã Bretanha. 17 de dezembro: parte em viagem de um mês pelo Egito.
1929
Janeiro: volta do Egito via Itália. Verão: passa férias no País Basco. É publicada a monografia de Will Grohmann sobre Klee no Cahiers d'Art de Paris.
1930
Primavera: é convidado para dar aulas na Academia de Düsseldorf. Verão: passa férias no norte da Itália.
1931
1º de abril: termina seu contrato com a Bauhaus e começa a dar aulas em Düsseldorf; continua morando em Dessau. Verão: viaja para a Sicília.
1932
Outubro: viaja para Zurique para ver a exposição de Picasso, seguindo depois para o norte da Itália.
1933
30 de janeiro: Adolf Hitler assume o poder na Alemanha. Março: oficiais nazistas invadem a casa de Klee em Dessau. 21 de abril: Klee é demitido da Academia de Düsseldorf pelo novo diretor, nomeado pelos nazistas. 1º de maio: deixa Dessau e se muda para Düsseldorf. Outubro: viaja para Paris e para o sul da França; visita Picasso e assina contrato com o galerista Daniel-Henry Kahnweiler, da Galerie Simon. 23 de dezembro: deixa a Alemanha. Passa a residir na casa de seu pai em Berna.
1934
Primavera: Klee muda para a casa da rua Kistlerweg no 6, em Berna. Os nazistas confiscam a nova monografia de Grohmann que reproduz seus desenhos.
1935
Começa a sofrer da doença diagnosticada mais tarde como esclerodermia.
1936
Seu estado de saúde se agrava. Klee passa a trabalhar pouco.
1937
Fevereiro: Kandinsky, que vai para Berna em razão de uma retrospectiva no Kunsthalle, visita Klee. Julho: a exposição organizada pelos nazistas intitulada Arte Degenerada (Entartete Kunst) é inaugurada em Munique e inclui 17 trabalhos de Klee. Verão: retoma a pintura. Setembro: viaja para Ascona. 28 de novembro: Picasso visita Klee em Berna. Os nazistas retiram as obras-de-arte moderna das coleções de órgãos estatais em toda a Alemanha, incluindo 102 trabalhos de Klee.
1938
Verão: passa férias em St. Beatenberg.
1939
Abril: Georges Braque visita Klee. Verão: visita Genebra duas vezes para ver exposições da coleção do Museu do Prado. Período de extrema atividade, especialmente de desenhos; seu catálogo registra 1.253 itens.
1940
7 de janeiro: Klee solicita às autoridades de Berna a cidadania suíça mas nunca a obterá. 12 de janeiro: morte de seu pai, Hans Klee. Maio: é hospitalizado em Orselina. 29 de junho: Klee morre num hospital de Muralto-Locarno.