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Tabac
1984. Acrílica e pastel oleoso s/ tela, 219x173 cm. Coleção particular. Foto: Cortesia de Galerie Bruno Bischofberger, Zurique





Realeza, Heroísmo e as Ruas: A Arte de Jean-Michel Basquiat


Por Robert Farris Thompson


"Meu fogo pode fazer-me atravessar a água gélida."
Francisco de Quevedo, Amor constante mas allá de la muerte (1)

Alguns dizem que Nova York foi fundada como um ponto intermediário no caminho para as Índias Ocidentais. Nada mudou. Na década de 50 a cidade se embalava ao ritmo de um mambo afro-cubano (2). Por volta da década de 70 surgiu uma nova música para dançar que combinava a nova-iorquina e a indiana ocidental. Era feita a partir do mambo, com mistura de trombones de jazz. Os latinos a chamavam de salsa, e suas vibrações foram registradas, como se num sismógrafo, em 1972:

"Várias partes de Manhattan têm (...) um toque tropical (...). Os equatorianos estão nas ruas de Sunnyside; os argentinos lêem La Prensa no IRT de Flushing. Congas [são tocadas] na Concourse." (3)

A afro-latinização de Nova York na década de 70 não era apenas visível. Era um augúrio:

"Aqueles que ficaram perto das ruas [afro-latinas] (...) preservaram as sementes de algo autêntico dentro de si mesmos. Na sua recusa de se comportarem como europeus, na sua luta para arrancar alguma essência tropical dos obstáculos duros e envelhecidos da cidade, construíram as fundações do que parece estar destinado a se tornar a próxima grande subcultura [sic] de Nova York." (4)

Entre 1977 e 1980, essa 'próxima grande cultura' tomou força - o 'hip hop': break dance, electric boogie, graffiti, rap (5). Os homens e mulheres do 'hip-hop' eram caribenhos e negros continentais anglófonos, bem como porto-riquenhos nova-iorquinos. Isso refletia os novos padrões de imigração desde 1966. Além disso, a presença de haitianos aumentou a ponto de, em 1985, as grandes bandas de Porto Príncipe trabalharem regularmente nos salões de festas do Queens e Brooklyn.

Um entrecruzamento de influências africanas oriundas das ilhas iluminava Nova York agora: afro-cubanos, afro-haitianos, afro-jamaicanos, afro-dominicanos e afro-porto-riquenhos. A África crioula, sob o domínio de cinco grupos, intensificando as influências anteriores de Garvey, Parker, Coltrane e Malcolm X.

Foi nessa Nova York que Jean-Michel Basquiat nasceu, em 22 de dezembro de 1960. De pai haitiano e mãe porto-riquenha, ele fazia parte do processo.

É claro que Manhattan é e sempre será a ilha do Carnegie Hall, Lincoln Center, Wall Street e Rockefeller Center. No entanto, de um lado e de outro desses bastiões do poder branco, novos focos surgiram. No Brooklyn, Queens, Lower East Side e Morningside Heights, múltiplas correntes de influência subsaariana e ocidental convergem a cada minuto de cada dia.

Não há uma 'tendência principal' em Nova York. Jean-Michel, na profundidade de seu trabalho, nos faz questionar essa expressão da moda, nos faz examinar a fundo sua dinâmica de exclusão.

Dele é a procura de uma avaliação ecumênica mais aguda das configurações problemáticas - embora promissoras - de nosso destino urbano e nossa situação.

De qualquer forma, era inevitável que um artista com tais talentos desse sentido ao desafio dessa efervescência, como Wifredo Lam comparou a Paris modernista e a Havana afro-cubana, como Borges combinou a mania que Buenos Aires tem de copiar os franceses com o heroísmo e machismo do tango descoberto por ele nos barrios.

O estilo caribenho de Nova York, intenso e sensual, e a ética do trabalho duro que trouxe os homens e mulheres tropicais para a cidade em primeiro lugar foram os catalisadores que transformaram um jovem e brilhante haitiano-porto-riquenho com inclinações artísticas, Jean-Michel Basquiat, em um dos mais festejados pintores da sua geração. Outras forças por trás de sua ascensão incluíram a riqueza da cultura negra norte-americana - o jazz do meio do século sendo a maior influência - e o estímulo dos museus, livros, filmes, aberturas de exposições, ópera, salões para dançar a salsa, concertos de blues e zydeco - uma gama de tradições paralelas.

Quando compreendemos a vida e o estilo de Jean-Michel Basquiat notamos seus famosos textos pintados. Suas palavras incorporam diretivas culturais e deduções. Revelam o poder multilíngüe de Nova York. No processo, Basquiat expressou o que sentia sobre ser negro e ser um artista na cidade mais glamourosa do mundo.

Os textos em suas pinturas são, entre muitas outras coisas, corajosos ensaios na autodefinição cultural. Refletem não só os livros que ele leu e os mundos em que viveu - o Brooklin haitiano da classe média, o Museu do Brooklin, as ruas dos grafiteiros, a música de sua própria 'banda- barulho', e o cenário de arte do Soho. Mais criticamente, refletem como ele dá sentido a todas essas esferas.

A Formação Cultural de Basquiat

Comecemos por seus pais. O pai de Basquiat, Gerard, bem vestido, trabalhador, de idéias próprias, ambicioso, deu exemplos de estilo, sensibilidade e força de vontade. Bem-sucedido como contador, tanto na Nova York branca quanto na negra, jogando tênis, vivendo bem, ele transpirava confiança. Procedia de uma família abastada do Haiti. Os haitianos, em sua diáspora do norte, de Montreal a Miami, foram bem-sucedidos. Gerard era um exemplo dessa ética.

É verdade que Jean-Michel deixou a escola em 1977. Tornou-se um artista de rua, especializando-se em textos engraçados e mordazes, escritos nos muros. Ele e seu amigo Al Diaz os assinavam com o nome de Samo. Mas algo como a força de vontade de seu pai estimulou visivelmente esses gestos boêmios. Porque Jean-Michel não colocou seus textos de rua em qualquer lugar, mas predominantemente ao longo de caminhos retirados do Soho e do East Village, às vezes até em vernissages. Sabia que ali seriam fatalmente vistos por pessoas influentes. Não eram apenas textos sociais. Também constituíam, no melhor estilo Norman Mailer, publicidade para ele próprio.

Alguns críticos cobram do nome haitiano de Jean-Michel conhecimento do Haiti e da religião das massas haitianas, o 'vodun', ou vodu, como dizem. Não é verdade. Jean-Michel nunca viajou para o Haiti. Jean-Michel nunca falou o crioulo, a língua do povo haitiano. Ele era mais chegado à sua mãe porto-riquenha, Matilde.

Ela falava espanhol caribenho com ele. Jean-Michel falava com ela em espanhol (6). Ela o levava para ver museus e as pinturas ali expostas - em 1966, quando tinha seis anos, ele já possuía um cartão que o identificava como 'membro júnior' do Museu do Brooklyn (7).

Em 1974 Gerard Basquiat, então separado de Matilde, mudou-se para Porto Rico com os filhos. Lá viveram até 1976. Essa imersão de um ano e meio, quando Jean-Michel estava na adolescência, aperfeiçoou seu espanhol, como também as férias subseqüentes na ilha, inclusive a de 1987.

Da infância em diante, Jean-Michel "lia muitíssimo" (8). Seus pais incentivavam essa paixão. Em 1968, quando jogava softball na Rua 35 Leste, no Brooklyn, um carro o atropelou (9). Os cirurgiões tiveram de remover seu baço. Enquanto se recuperava no hospital, sua mãe lhe trouxe um exemplar do livro Gray's Anatomy (10). Foi um presente extraordinário para um convalescente.

Matilde, em certo sentido, tinha feito com carinho seu filho estudar o seu corpo após o acidente. Encorajava também seus interesses artísticos, sabedora de que Michelangelo e todos os grandes pintores tinham estudado anatomia.

Em março de 1987 perguntei a Jean-Michel se ele achava que o texto de Gray tinha ajudado no seu restabelecimento, imergindo sua consciência em desenhos e nomes das partes ativas do corpo humano. Ele respondeu: "Parece que sim ".

Em suma, com seu pai Jean-Michel aprendeu a ter confiança e a ser obstinado. Com a mãe aprendeu como usar essa obstinação em favor da criatividade. A ela ele devia um dos aspectos correntes de sua iconografia - o de que a medicina de diagnósticos se relaciona com textos e desenhos.

À medida que convalescia, Basquiat sabia que o conhecimento que o cirurgião tinha da totalidade do seu corpo estava por trás da finalização bem-sucedida da cirurgia. Do trauma, atenuado pelo amor e pelo conhecimento, surgiu a ligação do artista com os textos e desenhos de anatomia.

Mas iremos reconhecer as nuanças transformadoras e a ambição surgidas dessa paixão: os ensaios de anatomia de Basquiat, na sua maneira de expor, são estilo e conteúdo a serviço da cura numa escala gigantesca. Além disso, iremos ver muito humor também, combinando uniformidade com acaso e ocasião.

Ele lida com mais do que ossos e textos. Confronta a anatomia da cidade nos seus pontos nevrálgicos raciais, lingüísticos e culturais. Ele lhe dá influências em conflito e lhes confere coerência. E somos nós que nos beneficiamos, não ele, destruído por uma das mais violentas 'doenças culturais' das ruas: a heroína.

Crescendo em Boerum Hill, no Brooklyn, Basquiat ouvia as pessoas mudarem de papéis o tempo todo. Nas ruas seus colegas poderiam sem esforço passar do inglês padrão (na frente de estranhos) para o inglês dos negros (entre os amigos) e novamente para o inglês padrão (11). No seu estilo próprio de falar, Jean-Michel levava a mudança de papéis para um outro nível. Palavras dos dois domínios, como descolado e careta, branco e preto, fundiam-se no seu idioma. Ele falava essa mistura com a mesma entoação, quer estivesse com Rammellzee, mago dos grafiteiros, ou discutindo negócios com a famosa dona de galeria Mary Boone. "Jean-Michel", lembra seu grande amigo Michael Holman, "nunca se confundia" (12).

Aqueles que se prendiam a cada palavra de Jean-Michel no Mudd Club, que tocavam ou ouviam a sua banda, que viam suas grandiosas entradas com Haring e Warhol nos clubes e restaurantes da cidade, raramente entendiam que Jean-Michel fosse tão fluente em espanhol como em inglês. Sempre que ibéricos e anglo-saxônicos se reuniam, nas ruas de Chelsea, do Bowery, ou no Lower East Side, ele estava pronto. Quando se falava espanhol, tudo virava afro-caribenho - sotaque, dicção, ritmo, entoação.

Assim, Jean-Michel incorporava com elegância o poder para tratar a história e os fatos em várias línguas.

Suas pinturas, portanto, não são sobre o 'conhecimento' proveniente de um contexto único, não quando comparadas com a louca combinação de atitudes e idiomas de Nova York. Jean-Michel misturava e confrontava o que era tradicional e melhor na sua experiência cultural, como o jazz, o blues e a ópera, com o que era estimulante em termos de tecnologias populares fervilhando ao seu redor.

No processo, Basquiat transformou de maneira indelével a imaginação da arte americana do século XX. Contudo, alguns críticos interpretaram erroneamente essa qualidade principal. De forma didática, colocaram seu talento em compartimentos estanques: 'primitivo' haitiano; ingênuo bairrista; fenômeno de uma infância reprimida; e assim por diante.

Entretanto, a carismática precisão do seu olhar vem da sua própria solução para o problema fundamental do Ocidente nos dias de hoje: uma necessidade urgente de intelectos outros que não os nossos. Ele deu início a esse trabalho multilíngüe, uma aliança imaginativa do conhecimento com a brincadeira, procurando sem remorso a continuidade.

A despeito dessas complexidades tipográficas, lingüísticas e do pintor - ou justamente por causa delas - o relacionamento de Basquiat com certos críticos permanece problemático. Sua trágica morte, em 12 de agosto de 1988, como conseqüência de uma overdose de drogas, somada a bobagens sobre sua 'origem nas ruas', deram a esses escritores um abuso de liberdade, ou assim eles pensam, para tratar da reputação de Basquiat de maneira sensacionalista.

Felizmente, críticos importantes, incluindo Greg Tate, Rene Ricard, Judith McWillie, Lucy Lippard, Jeffrey Deitch, Mark Francis, Robert Storr, Charles Merewether e John Russell, observaram a fantástica fluência de seu pensamento em ação. (...) Gerardo Mosquera, crítico de arte cubano, comparou-o a Wifredo Lam.

Argumentos e realizações

Entender a arte de Jean-Michel depende em parte da compreensão de seu envolvimento perpétuo com a música - literalmente seu ambiente de trabalho. Predominam o jazz e o blues, raízes afro-atlânticas conscientemente escolhidas. Aparecem como contexto, nomes, estilo. Além disso, uma fração do talento ostentatório da sua 'banda-barulho', Gray, tornou-se durante os anos de 1979-80 irredutível e reapareceu, específica e intacta, como estilo e assunto em seus quadros.

Ignora-se a tentativa de Basquiat de cortar relações com seu passado de grafiteiro, respeitando uma outra manifesta redundância, enquanto sua reputação aumentava e sua pintura deslanchava. Porque a coroa, o motivo principal do metrô - 'o rei da linha' -, está sempre lá. Como também estão os equivalentes aos seus textos grafitados em muros, embora orquestrados em níveis totalmente musicados e multiafirmativos.

O ícone da coroa persegue a resposta quintessencial de Basquiat para a pergunta feita por Henry Geldzahler: "Qual é o seu assunto?" Ao que Basquiat respondeu: "Realeza, heroísmo e as ruas" (13).

A entrevista de Geldzahler inclui passagens importantes nas quais Jean-Michel fala sobre as fontes 'sofisticadas' e 'populares' no seu trabalho. Franz Kline, ele revelou, era "um de meus favoritos". Ele disse que não tinha idéia do que era a arte haitiana (a pressuposição de novo) "mas queria [em sua juventude] ser um cartunista", e que seu "Twombly favorito era Apollo and the Artist com 'Apollo' escrito em letras grandes através dele" (14).

O discurso falha novamente se a gama sofisticada de paixões visuais de Basquiat - incluindo Kline, Twombly e as histórias em quadrinhos - é censurada numa tentativa de fazer dele um afro-mowgli, um menino-lobo não domesticado das ruas do Brooklyn. Realmente, Basquiat fez uma leitura de Twombly tão aproximada que se poderia argumentar que uma das fontes de sua inclinação pelo 'velamento' advinha da obra de Twombly de 1970, Untitled (Study for Treatise on the Veil).

Quando Jean-Michel começa a trabalhar, no entanto, os cremes e cinzas de Twombly somem no turbilhão das cores vivas afro-atlânticas. Seu Zydeco de 1984, de cores brilhantemente sincopadas, se comparado ao Treatise de Twombly, mostra que Jean-Michel apaga para revelar: "Corto palavras para que você as veja melhor; o fato de elas estarem obscurecidas faz com que você as queira ler" (15). No entanto, Twombly realmente as apaga.

A escolha de Kline como fonte é culturalmente apropriada. Kline, além de tudo, estava em evidência quando o mambo tomou conta de Nova York, quando quase todo mundo nas artes foi finalmente ao espetáculo de mambo no Palladium, na Broadway com a 53, às quartas-feiras.

Afinidade espiritual, pelo menos, ligava as diagonais pretas atléticas de Kline, presentes com toda a sua força diabólica no assim chamado poder caligráfico em Dahlia, de 1959, e o mambo nova-iorquino comparavelmente forte e cortante dançado pelo grande Aníbal Vásquez em 1959.

A energia inerente e a atitude de Kline, um ex-atleta (16), complementa a agitação e a pulsação de Basquiat.

Skin Head Wig, feito no inverno de 1982, exemplifica o domínio do expressionismo abstrato por Basquiat e outras fontes. Uma pincelada escura à la Kline domina um fragmento de sua própria colagem tipo cartum, como um remate num edifício. Ele sela o elemento abstrato com um criptograma típico de Twombly. Escrever o etéreo Twombly sobre o macho Kline era em si um contraste espirituoso.

Nesse meio tempo, os blocos de histórias em quadrinhos em si também continham alusões divertidas à 'arte erudita'. Encontra-se uma bailarina de Degas em rosa, escondida numa gargalhada de um cartum (HEE HEE HEE HEE HEE) e um passarinho e uma cruz dentro de um S de Super-Homem. Há também duas imagens de Vênus - "apenas um objeto de arte sensual jogado dentro" (17).

As exuberantes abstrações, em preto e marrom, aparecem em equilíbrio matizadas com técnicas e motivos extraídos da da impressão e figuração. O visual e o verbal se encontram como nuvens de uma tempestade sobre a cidade. Combinando a rua e o museu, o vernáculo e o padrão, Basquiat parece sugerir: "Elimine qualquer um deles e terá eliminado Nova York".

Na obra de Jean-Michel existem muitas influências modernistas ocidentais. Elas se estendem a áreas onde não temos uma declaração do artista para guiar o argumento. Aqui, só o estilo sugere uma fonte.

De pintura a pintura reconhecemos uma fonte de poder principal: a 'autocreolização'. Isso significa simplesmente ser fluente em várias línguas e saber como fundi-las para causar efeito.

Observe-o desenhar as letras das palavras em inglês, em espanhol, um pouco em italiano, estas últimas expressões refletindo suas conexões com o mundo da arte daquele país, enquanto pinta pronúncias ao acaso no desenho. Ou considere, numa pintura sem título, uma mistura característica de alto conteúdo de octano de alusões à ciência (Radium), teste heróico dos limites (Icarus) estilização afro-atlântica (várias máscaras e crânios), heróis da exploração, tanto literal quanto em termos de música clássica negra (Marco Polo, Miles Davis). Ele cita tudo isso contra o poder centralizador do corpo humano (costelas, rosto, torso, joelhos). Ainda há mais: ele até acha espaço para sugerir, não sem humor, alguns dos melhores momentos (As Tragédias Gregas: Segunda Parte), ou piores (Nero), na Antigüidade mediterrânea. Não é de estranhar que Charlie Parker, o complexo jazzman, fosse o ídolo de Basquiat.

Basquiat, em seus melhores momentos, se compara, na arte, ao jazz revolucionário de Parker, ponto por ponto. Mas Parker não foi seu único mentor. Na busca por modelos de bravura, seus olhos naturalmente se voltaram para os astros do pugilismo.

All Colored Cast (Part II), de 1982, relaciona Jersey Joe Walcott, o boxeador negro, a Toussaint-L'Ouverture, que derrotou os exércitos de Napoleão em solo haitiano. Basquiat também vê Jack Johnson, o campeão peso-pesado durante a Renascimento do Harlem, como rei. Ele também revela a nobreza inerente de Sugar Ray Robinson. Conforme vai caminhando, recapturando aspectos da história do atletismo negro, há passagens alegres, também. Jean-Michel mostra Cassius Clay sem uma coroa - sua boca já é todo-poderosa.

Nem todos os seus ídolos são afro-americanos. Próximo a Joe Walcott e Toussaint-L'Ouverture em All Colored Cast, aparece o nome de Alexandre o Grande, que nos faz pensar em Alexandria e na famosa biblioteca. E isso leva imediatamente à nobreza máxima: aprender.

Conforme Robert Storr enfatiza: "Tudo no seu trabalho é saber, e muito é sobre o saber" (18). Não há evocação mais completa do amor de Jean-Michel pelos livros e a transcrição dos fatos do que uma composição chamada Savonarola. Esse trabalho surpreendente, que dizem ser do inverno de 1982/83, é nada mais nada menos do que um fragmento pintado de um índice. A colocação deslocada do N nos traz de volta à realidade. Numa acentuação suspensa, o som do jazz, blues ou rap entra pela janela da biblioteca.

O interesse de Basquiat pela ópera, principalmente pela voz de Maria Callas, encontra eco em outros trabalhos. Num desenho, óleo sobre papel, datado de 1983, ele trabalha duas equações:
ESPORTES
ÓPERA
ESPORTES
ÓPERA
ARMAS

Ele aproxima os diferentes mundos de Maria Callas, Sugar Ray Robinson e, possivelmente lembrando o 'panzerismo iconoclástico' de Rammellzee, a guerra. Porém, o mais importante e recorrente para ele era o jazz moderno.

As pinturas dedicadas aos que tocavam o bop dos anos 40 estão entre seus trabalhos mais reconhecidos. Basquiat os homenageou com disciplina. E, portanto, considero como preâmbulo alguns poucos trabalhos iniciais antes da composição Charles The First. Essa pintura homenageia simultaneamente o jazz e marca a descoberta do artista de um estilo mais forte.


As Obras Iniciais: Erudição e Amabilidade

"Os generosos e os audaciosos têm as melhores vidas."
Extraído da Edda Poética, compilação de antigos poemas islandeses, ca.1200 d.C. (19).

O que identifica Jean-Michel Basquiat como um grande artista americano é a coragem e o poder de autotransformação. Essa coragem, que significa não ter medo de falhar, transforma os paralisantes autoconscientes 'predicados da cultura' em confiantes 'êxtases de culturas recombinados'.

Ele tinha coragem, e muito mais, para enfrentar o desafio número um da arte de Nova York: você pode transformar a si próprio e a sua herança em algo novo e reconhecido? Pollock conseguiu. Kline e Claes Oldenburg também.

O próprio Basquiat não parodiou o expressionismo abstrato como alguns mestres do pop fizeram algumas vezes. Conforme fundia suas fontes, sua disposição era mais complexa: humor, brincadeira, maestria e companheirismo estilístico. Ele trouxe para sua obra a primeira geração (Kline) e a segunda (Twombly) de citações expressionistas abstratas e as combinou com cartuns, grafites e outros estilos. No processo, ele deu forma física aos sinais de erudição e amabilidade fundidos com a arte de romper padrões que ele próprio inventou, sua própria autobricolagem.

Em 1985, ele me contou: "Andy [Warhol] faz colagem de fotos; eu faço colagem de minha própria mão". Com isso queria dizer: Basquiat faz fotocópias de seus próprios desenhos, guardando-os, cortando-os e colando-os.

Ele parou de trabalhar com as caras das histórias em quadrinhos steinbergianas do início de sua carreira e partiu para as máscaras e crânios africanizados. Quebrou os haicais agudos e derrisórios, pintados nas paredes do Soho, em palavras soltas e frases. À medida que sincopava palavras, com passagens de cor algumas vezes emprestadas do expressionismo abstrato e outras não, os textos propriamente ditos caíam em discordâncias de rima, parecidas com o rap (20). As palavras, como ele explicou, se tornaram 'pinceladas', reiteradas ad libitum.

O achatamento da perspectiva de seus dias das histórias em quadrinhos foi acompanhado pelo achatamento da 'perspectiva' de suas mensagens também.

Fragmentos de texto se tornaram objetos musicais incertos no plano do quadro. Falas e sons das histórias em quadrinhos, sem conter os balões, se tornaram música abstrata autônoma.

Se o cubismo, reconsiderado do ponto de vista da África Central, se tornou pásula kini - arte da sombra quebrada (21) -, então Basquiat remarcou o curso para a África. Ele desenvolveu uma maneira de quebrar as letras das sentenças de influência africana, de quebrar o padrão dos crânios, cortados e vistos em diferentes níveis, e de quebrar o período historicista, como uma máquina do tempo deixada tartamudeando sozinha.

Contra o padrão de todas essas correntes e ações 'creolizantes', ele, contudo, manteve-se ele mesmo. Engagé sur le motif noir, "a pessoa negra [como] protagonista" (22), ele povoou a maioria de suas pinturas com pessoas de cor, em parte para redirecionar a falta de equilíbrio que ele notou em suas primeiras idas a museus: "Não vi muitos quadros com gente negra" (23).

Basquiat continuou sendo fiel a si mesmo e, indo mais longe, com um único motivo repetido até sua morte: o sinal da coroa de três pontas. Fiando-se não só em muito trabalho e inspiração para conseguir chegar lá mas também na força dos amuletos, ele continuamente se coroava o rei dos pintores, confirmando seu status futuro.

A coroa em suas mãos funde de forma mágica o passado - sua posição dominante em seus dias como grafiteiro, quando dele eram os escritos mais espirituosos nos muros - com o futuro. Basquiat conversou com Henry Geldzahler sobre as implicações místicas pretendidas, ou descobertas retroativamente, em alguma parte de sua linguagem de sinais - "Escrevia ouro em todas as coisas e fiz todo esse dinheiro depois" (24).

Um dos trabalhos iniciais sem título, datado de 1981 e executado em crayon sobre papel, documenta o artista procurando o poder por meio do encantamento visual. Conforme coloca a coroa de sua pintura na cabeça ele abre um sorriso. W.H. Rouse conta que Odisseu só sorriu duas vezes em toda a Odisséia. Sorrisos na arte de Jean-Michel também são raros.

Em K, pintura de 1982, Basquiat pinta sua coroa com dourado e a cerca com vários sinais de cifrão e marcas de direitos autorais, fazendo jocosos/sérios sortilégios sobre o futuros fabulosos e ricos. Além disso, joga moedas, por assim dizer, em várias de suas composições, de novo, provavelmente para render dinheiro. (Compare com um cantor de blues que vi uma vez em Kansas City com moedas coladas ao redor do chapéu, ou cifrões, utilizados como motivos de boa sorte e status nas casas ou nas vestimentas da costa oeste da África.) Uma intenção semelhante explica, em parte, a presença dos símbolos de direitos autorais e marcas registradas em sua pintura. A alquimia se mistura com a ironia numa linguagem de auto-emergência.

Uma das mais fortes marcas de talento é muito, muito trabalho. Assim sendo, há na obra de Basquiat sinais de sua fascinação por picaretas, martelos e pregos, blocos de madeira, e o assentamento de trilhos de estrada de ferro. Esses motivos identificam uma anatomia de suor e músculos, algumas vezes explorados - "linhas de estrada de ferro construídas para a mudança de Chump em 1850 por chineses" -, algumas vezes bem-sucedidos e auto-realçados.

Em Untitled (1981), há um tema inicial sobre pregos e martelos, justapostos com pequenas nuvens, aviões, uma ambulância e campos de A's - Basquiat, talvez, procedendo à auto-avaliação. Será que a ambulância vai em direção à Rua 35 no Brooklyn, um memento mori - como os crânios?

Esteja alerta, ele diz, em qualquer caso, numa outra pintura dos primeiros tempos, Acque Pericolose (Poison Oasis), de 1981. Aqui, uma serpente verde-ácido se desenrosca. O amarelo e o bege tipo miragem fazem a paisagem do deserto exata. Moscas insólitas rodeiam a carcaça de uma vaca, como urubus.

Na maior parte das pinturas da fase inicial, Basquiat conteve sua inspiração. Ele estava absorvendo modos de expressão modernista enquanto, ao mesmo tempo, tentava captar uma frescura e uma maneira de se expressar direta essenciais como as de uma criança. Então, repentinamente, entre 1982 e 1983, tudo ficou muito barulhento. O jovem mestre estava pronto. Ele pintou evocações do jazz clássico dos anos 40 e tornou-se um meio de comunicação emergente.


Jazz e Zydeco

"Era julho de 1917 e os lindos rostos estavam frios e tranqüilos; movendo-se vagarosamente no espaço que os tambores estavam construindo para eles."
Toni Morrison, Jazz (25)

Em 1982 Basquiat começou a pintar trípticos. A cortina se levantou para combinações mais profundas do formal e do vernacular. Charles The First é a pintura principal, feita com cuidado e afeição, trazendo de volta a memória de Charlie Parker, encarnação do jazz moderno.

O mundo se lembra de Parker pelas estupendas polaridades de estilo. Parker soprava 'com calor': "Torturado, queimado, soprando forte, fazendo lembrar as congregações que falavam alto do Sul" (26). Parker soprava 'serenamente': "Com ... lirismo oblíquo, indiretas suaves e nuanças quase apologéticas" (27). Basquiat compara ou intui esse aspecto duplo. Ele coloca o amarelo-ácido contra o azul-celeste ultramarino.

Parker redirecionou todo o jazz na peculiaridade africanizante de suspender o acento rítmico, "deixando algumas marcações de compasso passar, para fazer a marcação sobressair" (28). De maneira similar, o pintor quebra o fraseado dourado e azul realizando seus escritos nos espaços entre as mudanças que assim se tornam mais visíveis.

À medida que escreve a óleo, Basquiat nos liga a Parker por outros meios. Na época em que estava na banda ele tornou-se ciente, lendo livros de biologia, de que o crescimento do homem era atribuído a áreas do cérebro que dirigiam a mão e a fala - e por isso costumava cantar "cérebros e mão, cérebros e mão!" Aqui, ele literalmente coroa a mão esquerda de Parker enquanto faz com que a sua direita emerja do S no tórax do Super-Homem. Parker toca seu saxofone, em outras palavras, com o toque de um rei, com a garra de um super-herói - e com a velocidade e impacto dos próprios trovões de Thor. Para o escandinavo, o nome de deus aparece também sob uma coroa.

CPRKR, de 1982, reafirma Parker como o rei do jazz moderno. Quase um epitáfio pintado, a composição contém a data dos serviços religiosos em memória do músico no Carnegie Hall, 2 de abril de 1955, e o lugar onde ele morreu no sábado, 12 de março de 1955, o Hotel Stanhope (na cidade de Nova York). Uma cruz cristã completa o aspecto de funeral. Mas a legenda Charles The First implica que outras seguirão, numa linha de criatividade. A simplicidade ilusória da tinta industrial marrom que assinala os nomes pode representar uma homenagem a um dos inventos estilísticos de Joseph Beuys, ele próprio uma figura idolatrada da arte do século XX.

A paixão do humanismo do jazz de Basquiat deu origem a uma outra pintura que é um marco - Zydeco, de 1984. Durante a década de 80 e antes dela, deu-se o ressurgimento de uma forma de música afro-lousiana, conhecida como zydeco, que foi muito tocada nas noites de Nova York. Basquiat conhecia esse mundo (29). Fazia parte integrante do seu amor pelas músicas relacionadas com o jazz. Ele captou o impacto e o efeito de uma apresentação de zydeco num tríptico que sugere, em primeiro lugar, o pano de fundo geral da estética afro-atlântica de suavidade; em segundo, o tocar dessa música baseada na harmonia entre ícones de trabalho e continuidade; e, finalmente, a disseminação da música em filme, rádio, fotografia e disco.

Ao enfatizar a continuidade do espírito estético negro como virtude poética na civilização americana, como Diego Rivera sondando as raízes mesoamericanas do México, esses trabalhos marcam o clímax do historicismo jazzístico de Basquiat.


Da Música à Pintura: as Realizações de Jean-Michel Basquiat

"O espírito detém o poder."
Arthur Rimbaud, "Uma estação no inferno".

O entendimento da ascensão meteórica da arte de Basquiat aumenta quando descobrimos que ele inventou estratagemas estéticos na poesia e na música, apenas para transferi-los para a pintura.

Quando, no Mudd Club, Basquiat disse as seguintes palavras:

"Mona Lisa, Mona Lisa
foi o nome que os homens lhe deram
um cidadão de segunda classe
manchado de chá marrom
com páginas faltando
se fosse mostrado o motor
que cada homem usaria
duzentas libras de esforço
negam a lógica de
uma história em quadrinhos primitiva",

estava formulando uma equação confusa, fama, beleza, superexposição e desgaste social, o que mais tarde foi incluído na sua pintura.

Com a carreira ascendendo feito mágica, citando nomes famosos, tornando-a negra, defendendo-a dos filisteus, ele simultaneamente se afirmava contra o fluxo de predicados antiarte e antinegros.

A estratégia se modifica em Thesis, de 1983. Mais uma vez Basquiat chama Mona Lisa. Ele a submete a um tratamento dentário surrealista (Canino, Pré-Molar), uma flecha com esses termos apontando para seu queixo. Seu corpo desaparece em declarações escritas, Dos Olhos ao Centro do Seio, e Pé, dentro de um quadrado. Isso tudo encontra mais interrupções: Rolando as Escadas e Rio do Mesmo Tamanho. Uma alusão clássica (Cavalo de Tróia) aparece sob uma coroa e um dos momentos da fundação da história americana é copiado também (Plymouth Rock). Arte no meio do acaso e do anacronismo.

O que começa como som, ambição revestida em ultrajes verbaisr, amadurece como visão. Basquiat estava constantemente lendo nos seus dias de 'banda-barulho'. Uma passagem de um livro de Biologia tomou conta de sua imaginação: as áreas cerebrais críticas onde se origina o uso de ferramentas (a mão) e a palavra (a língua). Assim, ele foi para o palco no Hurrah's, pegou o microfone com o livro na mão, olhou para o público e converteu os dados, como se lembra Holman, em poesia, de forma apaixonada:

"O homem pode ir à lua
com o cérebro e a mão
O homem pode dividir o átomo
com o cérebro e a mão
O homem pode ver as estrelas
com o cérebro e a mão."

Ao ler Biologia, assim como música abstrata, converte na tela, em unidades de história da arte, anatomia ou informação, seja lá o texto que Basquiat lia, se se empolgava no momento. Untitled (1984) é animado, com humor democrático secreto, retratando ossos e órgãos, vestindo-os de surpresa. Parte dessa vitalidade advém de falar ao acaso. Basquiat, Holman nos informa, gravou um cretino falando na televisão -"caiu e quebrou o traseiro, bum, de verdade"- e transformou isso em música abstrata.

Os versos de Basquiat nos ajudam a sentir outro significado, onde o corpo encontra a máquina, onde os fragmentos de anatomia passam por meio de fragmentos de tecnologia como o pó de uma galáxia distante.

Em muitas pinturas, Basquiat inscreveu seu pensamento como uma leitura jocosa da tecnologia, adicionando um crânio para parar o relógio e nos fazer olhar em volta. O linguajar do corpo e o linguajar de um acontecimento eletrônico, juntos, sugerem uma lingua franca pós-industrial, da qual os falantes, negros ou de qualquer cor, estarão livres. Ele me lembra um especialista em rituais do Congo que uma vez ligou interruptores elétricos, lâmpadas e roldanas ao corpo do seu tambor de conga, operando os interruptores com uma mão à medida que batia no couro do tambor com a outra.

Enquanto isso, ex-colonizados colonizam as capitais de seus ex-donos com música para dançar. Reggae, soca, zouk estão por toda parte, ou, como Jean-Michel deturpadamente vê o assunto:

"No parque de diversões tribal
sete tubos de ensaio caíram em mãos erradas."

As culturas se chocam nas maiores cidades, Nova York, Londres, Paris e Los Angeles. Para alguns a tendência propicia a maior oportunidade lingüística e cultural da história, e Jean-Michel nos leva através da riqueza, nos mostrando as maneiras de chegar à nação universal. Para outros, de espírito mesquinho, apavorados à medida que a corrente principal se quebra na multiplicidade, as fagulhas de línguas e religiões em conflito só podem levar à conflagração. Basquiat está pronto para eles também, e lhes fala num tom de estudada indiferença:

"Tive sorte de ter mandado lavar a seco meus ternos de 'tela'antes dos distúrbios."

Basquiat permanece em contato.

Notas
1. Citado em The Collected Poems of Octavio Paz, 1957-1987 (Nova York, New Directions, 1987), p. 83.
2. Uma época brilhantemente recordada por Oscar Hijuelos em The Mambo Kings Plays Songs of Love (Nova York, Farrar, Straus, Giroux, 1989).
3. Richard Goldstein, "The Big Mango", New York, 7 de agosto de 1972, p. 26.
4. ibid., p. 24.
5. Fiz um breve resumo do histórico da coreografia do breaking boogie e do electric boogie em "Hip Hop 101". Rolling Stone, 27 de março de 1986, pp. 95-100. Discuto o impacto da dança hip-hop no estúdio de arte de Keith Haring num trabalho chamado "Requiem for the Degas of the B-Boys", Artforum, 28 (maio de 1990), pp. 135-41. Ver também David Toop, The Rap Attack: African Jive to New York Hip Hop (Londres, Pluto Press, 1984), e Nelson George et al., Fresh: Hip Hop Don't Stop (Nova York, Random House, 1985).
6. Conversa telefônica com Jean-Michel Basquiat em março de 1987.
7. Agradeço a Gerard Basquiat por compartilhar comigo a descoberta desse cartão entre os objetos pessoais de seu filho. Ele também compartilhou comigo dados sobre as viagens de Jean-Michel a Porto Rico.
8. Conversa telefônica com Gerard Basquiat em abril de 1992.
9. ibid.
10. Phoebe Hoban, "SAMO ... Is Dead: The Fall of Jean-Michel Basquiat", New York, 26 de setembro de 1988, p. 39: "[Basquiat] mais tarde disse ao entrevistador que Gray's Anatomy, que sua mãe lhe havia dado durante sua convalescença, tinha influenciado inicialmente seu trabalho".
11. Conforme se lembrava Gerard Basquiat, numa conversa com o autor. Março de 1992.
12. Conversa telefônica com Michael Holman em maio de 1992.
13. Henry Geldzahler, "Art: From Subways to Soho, Jean-Michel Basquiat", Interview, 13 de janeiro de 1983, p. 46.
14. ibid.
15. Conversa com Jean-Michel Basquiat, início de março de 1987.
16. Veja, por exemplo, Albert Boime, em Boime e Fred Mitchell, Franz Kline: The Early Works as Signals, exp. cat. (Binghamton University Art Gallery, State University of New York at Binghamton, 1977).
17. Entrevista com Jean-Michel Basquiat em março de 1987.
18. Robert Storr, introdução a Jean-Michel Basquiat: Drawings, de John Cleim, ed., exp. cat. (Nova York, Robert Miller Gallery, 1990), n.p.
19. The Elder Edda, trad. Paul B. Taylor and W.H. Auden (Nova York, Vintage, 1970), p.44.
20. Storr, Jean-Michel Basquiat, referindo-se ao mesmo aspecto, chama-o de "eye-rap".
21. Robert Farris Thompson, "Break-Shadow Art (Pásula Kini): Towards an African Reading of Modernist Primitivism", em Gerald Berjonneau e Jean-Lous Sonnery, eds., Rediscovered Masterpieces (Paris: Fondation Dapper, 1987), p. 72: "O cubismo, traduzido para os termos tradicionalistas do Congo, é a arte de 'quebrar-sombras', o debate de formas com facetas sombreadas".
22. Cathleen McGuigan, "New Art, New Money: The Marketing of an American Artist", The New York Times Magazine, 10 de fevereiro de 1985, p. 31.
23. ibid.
24. De Geldzahler, "Art", p. 46.
25. Toni Morrison, Jazz (Nova York, Alfred A. Knopf, 1992), p. 53. As obras de jazz examinadas são uma amostragem. Outras pinturas estão relacionadas, direta ou indiretamente, com o jazz. Brain, por exemplo, de 1985, inclui evocações pintadas de discos de jazz em 78 rpm, como também Bird of Paradise, de 1984, e outros.
26. Stearns, The Story of Jazz, p. 228.
27. ibid.
28. ibid.
29. Conversa com Jean-Michel Basquiat em março de 1987.













































































































































































































































































































































































































































































































































Cronologia
Nasceu em 22 de dezembro de 1960, no Brooklyn, Nova York. Morreu em 12 de agosto de 1988.


Mostras individuais


1996
Basquiat, Serpentine Gallery, Londres, Inglaterra; Jean-Michel Basquiat: Bodies and Heads, Unpublished drawings from the Estate, Robert Miller Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1995
Two Cents: Works on Paper by Jean-Michel Basquiat and Poetry by Kevin Young, Centre Gallery, Miami-Dade Community College/Wolfon Campus, Estados Unidos.
1994-95
Jean-Michel Basquiat Works in Black and White, Robert Miller Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat: The Blue Ribbon Series, Mount Holyoke College Art Museum, South Hadley, Estados Unidos.
1994
Jean-Michel Basquiat, Henry Art Gallery, Seattle, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat, Johnson County Community College Gallery of Art, Overland Park, Estados Unidos.
1993/94
Jean-Michel Basquiat, Musée-galerie de la Seita, Paris, França; Jean-Michel Basquiat, Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1993
Galerie Delta Rotterdam, Holanda; Salon De Mars, Paris; Jean-Michel Basquiat, Newport Harbor Art Museum, Newport Beach, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat, Musée d'art Contemporain, Pully/Lausanne, Suíça.
1992/94
Jean-Michel Basquiat, Whitney Museum of American Art, Nova York, Estados Unidos.
1992/93
Metropolitan Museum of Art, Nova York, Estados Unidos; Instalação de Nu-Nile, 1985, e de Untitled - Palladium Painting, 1985, no 2º andar da Lila Acheson Wallace Wing.
1992
Jean-Michel Basquiat, Vrej Baghoomian Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat, Musée Cantini, Marselha, França; Jean-Michel Basquiat, Galerie Eric van de Weghe, Bruxelas, Bélgica.
1991
Jean-Michel Basquiat: Oil Paintings, Drawings etc, PS Gallery, Tóquio, Japão.
1990
Jean-Michel Basquiat: A Survey of Drawings, Robert Miller Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat: Oeuvres sur papier, Galerie Le Gall Peyroulet, Paris, França; Basquiat, Galerie Fabien Boulakia, Paris, França.
1989
Jean-Michel Basquiat, Vrej Baghoomian Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat, Galerie Enrico Navarra, Paris, França; Jean-Michel Basquiat: Das zeichnerische Werk, Kestner-Gesellschaft, Hannover, Alemanha.
1988/98
Jean-Michel Basquiat: Memorial Exhibition, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1988
Jean-Michel Basquiat, Galerie Yvon Lambert, Paris, França; Jean-Michel Basquiat: Peintures 1982-1987, Galerie Beauborg, Paris, França; Jean-Michel Basquiat: Neue Arbeiten, Galerie Hans Mayer, Düsseldorf, Alemanha; Jean-Michel Basquiat, Galerie Michael Hass, Berlim, Alemanha; Jean-Michel Basquiat, Vrej Baghoomian Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat: Paintings-Drawings, Galerie Thaddaeus Ropac, Salzburg, Áustria; Jean-Michel Basquiat: Paintings, Gallery Schlesinger Limited, Nova York, Estados Unidos.
1987
Jean-Michel Basquiat, Galerie Daniel Templon, Paris, França; Jean-Michel Basquiat: New Works, Akira Ikeda Gallery, Tóquio, Japão; Jean-Michel Basquiat: Drawings, Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat: Drawings, PS Gallery, Tóquio, Japão.
1986-87
Jean-Michel Basquiat, Kestner Gesellschaft, Hannover, Alemanha.
1986
Jean-Michel Basquiat, Larry Gagosian Gallery, Los Angeles, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat: Drawings, Galerie Bruno Bischofberger, Zurique, Suíça; Jean-Michel Basquiat - Bilder 1984-86, Galerie Thaddaeus Ropac, Salzburg, Áustria; Jean-Michel Basquiat: Drawings, Fay Gold Gallery, Atlanta, Estados Unidos; J.M. Basquiat, Centre Culturel Français d'Abidijian, Costa do Marfim; Jean-Michel Basquiat, Galerie Delta, Rotterdã, Holanda.
1985-86
Jean-Michel Basquiat: Paintings from 1982, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1985
Jean-Michel Basquiat, Galerie Bruno Bischofberger, Zurique, Suíça; Jean-Michel Basquiat, Mary Boone-Michel Werner Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat: Paintings, Akira Ikeda Gallery, Tóquio, Japão; Jean-Michel Basquiat, University Art Museum, University of Calilfornia, Berkeley, Estados Unidos.
1984
Jean-Michel Basquiat, Mary Boone-Michael Werner Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat: New Paintings, Carpenter & Hochman, Dallas, Estados Unidos.
1984/85
Jean-Michel Basquiat Paintings 1981-1984, The Fruitmarket Gallery, Edimburgo, Escócia.
1983
Jean-Michel Basquiat, Galerie Bruno Bischofberger, Zurique, Suíça; Jean-Michel Basquiat, Akira Ikeda Gallery, Tóquio, Japão; Jean-Michel Basquiat: New Paintings, Larry Gagosian Gallery, Los Angeles, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1982
Jean-Michel Basquiat, Annina Nosei Gallery, Los Angeles, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat: Paintings, Larry Gagosian Gallery, Los Angeles, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat, Galerie Bruno Bischofberger, Zurique, Suíça; Jean-Michel Basquiat, Galleria Mario Diacono, Roma, Itália; Jean-Michel Basquiat, Fun Gallery, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat, Galerie Delta, Rotterdã, Holanda.
1981
SAMO, Gallerie d'Arte Emilio Mazzoli, Modena, Itália.


Mostras coletivas


1996
Thinking Print: The Role of Prints and Illustrated Books in Contemporary Art, The Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos.
1995
Drawing the Line, Southampton City Art Gallery, Inglaterra; Essence and Persuasion: The Power of Black and White, Anderson Gallery, Buffalo, Estados Unidos; Home is Where..., Weatherspoon Art Gallery, UNC at Greensboro, Estados Unidos.
1994/95
Corpus Imperfectus: The figure in Contemporary Art, Montgomery Glasoe Fine Art, Minneapolis, Estados Unidos.
1994
The Ossuary, Luhring Augustine, Nova York, Estados Unidos; The Shaman as Artist/The Artist as Shaman, Aspen Art Museum, CO, Estados Unidos; Les Temps d'un Dessin, Galerie de L'Ecole des Beaux-Arts de Lorient, França; Against All Odds: The Healing Powers of Art, The Ueno Royal Museum, Tóquio, Japão; Art in the Present Tense: The Aldrich's Curatorial History 1964-1994, The Aldrich Museum, Ridgefield, Estados Unidos.
1993
Here's Looking At Me: Contemporary Self Portrait, Art Contemporain, Lyon, França; Collage and Assemblage, Lennon, Weinberg, Inc., Nova York, Estados Unidos; Extravagant: The Economy of Elegance, Kulturzentrum der Russischen Föderation, Berlim, Alemanha; Drawing the Line Against AIDS, Peggy Guggenhein Collection, Veneza, Itália (reinstalado at the Guggenhein Museum Soho, Nova York, Estados Unidos); Abstract-Figurative, Robert Miller Gallery, Nova York, Estados Unidos; Windows and Doors, Holly Solomon Gallery, Nova York, Estados Unidos; Et Tous ils Changent le Monde, Biennale d'Art Contemporain, Lyon, França.
1992/94
Dream Singers, Story Tellers: An African-American Presence, Fukui Fine Arts Museum, organizado por News Jersey State Museum.
1992/93
20th Century Masters: Works on Paper, Sidney Janis Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1992
Allegories of Modernism: Contemporary Drawings, The Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; An Exhibition for Satyajit Ray, Philippe Briet Gallery, Nova York, Estados Unidos; Images of Children, The Peck School, Morriston, Estados Unidos; The Power of the City/The City of Power, Whitney Museum of American Art, Downtown Branch, Nova York, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat, Jonathan Borofsky, Richard Bosman, Kang So Lee, Terry Winters, Haenah-Kent Gallery, Nova York, Estados Unidos; Paris Connections: African American Artists in Paris, Bomani Gallery and Jernigan Wicker Fine Arts, San Francisco, Estados Unidos; Passions and Cultures: Selected Works from the Rivendell Collection, 1967-1991, The Richard and Marieluise Black Center for Curatorial Studies, Bard College, Annandale-on-Hudson, Nova York, Estados Unidos; Gifts and Acquisitions in Context, Whitney Museum of American Art, Nova York, Estados Unidos; X Mostra da Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América, Fundação Cultural de Curitiba/Museu da Gravura, Curitiba, Brasil; Baziotes to Basquiat... and Beyond, Bellas Artes, Santa Fé, Estados Unidos; Emerging New York Artists: An Exhibit of Selected Works from the Collection of Phil Schrager, Fine Arts Building, College of Fine Arts, University of Nebraska at Omaha, Estados Unidos; Ars Pro Domo, Geselleschaft für Moderne Kunst am Museum Ludwig, Colônia, Alemanha.
1991/92
Devil on the Stairs: Looking Back on the Eighties, Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania, Filadélfia, Estados Unidos; Art of the 1980s Selections from the Collection of the Eli Broad Family Foundation, Duke University Museum of Art, Durham, NC, Estados Unidos; American Artists of the 80's, Pallazo delle Albere, Mueso Provinciale d'Arte Sezione Contemporanea, Trento, Itália; Domenikos Theotokopoulos: A Dialogue, Philippe Briet Gallery, Nova York, Estados Unidos; A Passion for Art: Watercolors and Works on Paper, Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos; Works on Paper, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1991
Words & #, Museum of Contemporary Art, Wright State University, Dayton, Estados Unidos; An Aspect of Contemporary Art, Setagaya Art Museum, Tóquio, Japão; The 1980s: A Selected View from the Permanent Collection of the Whitney Museum of American Art, Whitney Museum of American Art, Nova York, Estados Unidos; Drawings Acquisitions, 1980-1991: Selections from the Permanent Collection of the Whitney Museum of American Art, Whitney Museum of Art at Philip Morris, Nova York, Estados Unidos; Compassion and Protest: Recent Social and Political Art from the Eli Broad Familly Foundation Collection, San Jose Museum of Art, San Jose, Estados Unidos; Portraits on Paper, Robert Miller Gallery, Nova York, Estados Unidos; Andy Warhol and Jean-Michel Basquiat, Sonje Museum of Contemporary Art, Kyongju, Coréia; Selected Works, Enrico Works, Navarra Gallery, Nova York, Estados Unidos; Mito y magia en América: Los Ochenta, Museo de Arte Contemporáneo de Monterrey, México.
1990-91
Language in Art, The Aldrich Museum of Contemporary Art, Ridgefield, CT, Estados Unidos; Keith Haring, Jean-Michel Basquiat: Paintings, Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1990
Selected Works, The Greenberg Gallery, St. Louis, Estados Unidos; Jean-Michel Basquiat and Andy Warhol, Ho-Am Gallery, Seul, Coréia; Par Hazard: A Changing Installation of Recent Acquisitions, Douglas Drake Gallery, Nova York, Estados Unidos; 21 Jahre Internationale Kunstmesee Basel - Art 21'90, Galerie Hans Mayer Düsseldorf at Basel Art Fair, Suíça; Faces, Marc Richards Gallery, Los Angeles, Estados Unidos; Summer Works on Paper, Fay Gold Gallery, Atlanta, Estados Unidos; The Last Decade: American Artists of the 80's, Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos; Works on Paper, Cavaliero Fine Arts, Nova York, Estados Unidos; Quickdraw American Drawings since 1959, Frank Bernarducci Gallery, Nova York, Estados Unidos; Selection Americaine, Galerie Hadrien-Thomas, Paris, França; Gesture & Signature, Michael Kohn Gallery, Santa Mônica, Estados Unidos; The Decade Show: Frame works of Identity in the 1980s, Museum of Contemporary Hispanic Art, The New Museum of Contemporary Art, and the Studio Museum in Harlen, Nova York, Estados Unidos; Pharmakon '90, Nippon Convention Center, International Exhibition Hall, Tóquio, Japão.
1989/90
The Blues Aesthetic: Black Culture and Modernism, The Washington Project for the Arts, Washington DC, Estados Unidos.
1989
Modern and Contemporary Master Drawings, Rosa Esman Gallery, Nova York, Estados Unidos; Words, Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos; A Decade of American Drawing 1980-1989, Daniel Weinberg Gallery, Los Angeles, Estados Unidos; The Chase Manhattan Bank Collection 1974-1989, Yokohama Museum of Art, Yokohama, Japão; Selected Americans, Edward Totah Gallery, Londres, Inglaterra; Jean-Michel Basquiat/Julian Schnabel, Rooseum, Malmo, Suécia; 1979-1989 American, Italian, Mexican Art From the Collection of Francesco Pellizzi, Hofstra Museum, Hofstra University, Hempstead, Nova York, Estados Unidos; Warhol, Basquiat: Collaborations, Didier Imbert Fine Art, Paris, França.
1988/90
An Ecletic Eye: Selections from the Frederick R. Weisman Art Foundation, Bridge Center for Contemporary Art, El Paso, TX and New Mexico State University, Las Cruces, Estados Unidos
1988/89
Collaborations: Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat, Mayor Rowan Gallery, Mayor Gallery, and David Grob Limited, Londres, Inglaterra; Figure as Subject: The Revival of Figuration Since 1975, Whitney Museum of American Art, Nova York, Estados Unidos.
1988
Works on Paper, Gabrielle Bryers Gallery, Nova York, Estados Unidos; Work on Paper, Michael Maloney Gallery, Los Angeles, Estados Unidos; After Street Art, Boca Raton Museum of Art, Boca Raton, Estados Unidos; L'Art Contemporain à la Defense: Les années 80: vues par cinque galeries, Galerie La Defense Art 4, Paris, França; 1900 to Now: Modern Art from Rhode Island Collections, Museum of Art, Rhode Island Scholl of Design, Providence, Estados Unidos; Rebop, Paula Allen Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1987/88
Logos, Anne Plumb Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1987
Works on Paper, Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos; Avant-Garde in the Eighties, Los Angeles County Museum of Art, Estados Unidos; The East Village Force de Frappe Comes to the South Bronx, Fashion Moda, Bronx, NY, Estados Unidos; 16 A 56: Summer Salon, 56 Bleecker Gallery, Nova York, Estados Unidos; The Frederick R. Weisman Collection: An International Survey, San Antonio Art Institute, Texas, Estados Unidos.
1986/90
Focus on the Image: Selections from the Rivendall Collection, The Art Museum Association of America, São Francisco, Estados Unidos; Heads, Mokotoff Gallery, Nova York.
1986/87
Colaborações: Jean-Michel Basquiat & Andy Warhol, Galerie Bruno Bischofberger, Zurique, Suíça; Basquiat-Combas: Paintings, Louis Cane: Sculptures, Librairie Beauborg, Paris, França; Portrait of a Collector: Stephane Janssen, Louisiana Museum of Modern Art, Humlebaek, Dinamarca; 1976-1986: Ten Years of Collecting Contemporary American Art. Selections from the Edward R. Downe, Jr. Collection, Wellesley College Museum, Estados Unidos.
1986
Zeichen, Symbole, Graffiti in der Aktuellen Kunst, Suermondt-Ludwig Museum und Museumverein Aachen, Alemanha; Prospekt 86, Frankfurter Kunstverein, Alemanha; Collaborations: Jean-Michel Basquiat & Andy Warhol, Akira Ikeda Gallery, Tóquio, Japão; Esprit de New York - Paintings and Drawings, Galerie Barbara Farber, Amsterdã, Holanda; Figure as Subject: The Last Decade. Selections from the Permanent Collection of the Whitney Museum of American Art, Whitney Museum of American Art at Equitable Center, Nova York, Estados Unidos; 75th American Exhibition, The Art Institute of Chicago, Estados Unidos; Contemporary Issues III, Holman Hall Art Gallery, Trenton State College, New Jersey, Estados Unidos.
1985/86
Vom Zeichnen: Aspekte der Zeichnung 1960-1985, Frankfurter Kunstverein, Frankfurt, Alemanha; Drawings, Knight Gallery, Spirit Square Arts Center, Charlotte, Estados Unidos.
1985
XIII Biennale de Paris, Grande Halle du Parc de la Villette, Paris, França; The Chi-Chi Show, Massimo Audiello Gallery, Nova York, Estados Unidos; 7000 Eichen, Kunsthalle Tubingen and Kunsthalle Bielefeld, Alemanha; Das Oberengadin in der Malerei, Segantini Museum, St. Moritz, Suíça; Collaborations: Jean-Michel Basquiat, Francesco Clemente, Andy Warhol, Akira Ikeda Gallery, Tóquio, Japão; Warhol and Basquiat: Paintings,Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos; The Door, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos; Drawing the Line: Painting, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1984/85
Since the Harlen Renaissance: 50 Years of Afro-American Art, Center Gallery of Bucknell University, Lewisberg, Estados Unidos; Content: A Contemporary Focus, 1975-1984, Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Smithsonian Institution, Washington DC, Estados Unidos; Figuration Libre France/USA, Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, Paris, França.
1984
Modern Expressionists: German, Italian and American Painters, Sidney Janis Gallery, Nova York, Estados Unidos; Van Der Zee Memorial Show: James Van Der Zee, 1886-1993, New York City Department of Cultural Affairs, Nova York, Estados Unidos; Painting and Sculpture Today, Indianapolis Museum of Art, Indianápolis, Estados Unidos; American Neo-Expressionists, The Aldrich Museum of Art, Ridgefield, Estados Unidos; Drawings by 11 Artists, Willard Gallery, Nova York, Estados Unidos; New Art, Musée d'Art Contemporain, Montreal, Canadá; An International Survey of Recent Painting and Sculpture, Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; Aspekte Amerikanischer Kunst Der Gegenwart, Neue Galerie-Sammlung Ludwig, Aachen, Alemanha; The East Village Scene, Pennsylvania, Filadélfia, Estados Unidos; Content, Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Smithsonian Institution, Washington, DC, Estados Unidos; Painting Now: The Restoration of Painterly Figuration, Kitakyushu Municipal Museum of Art, Japão; Arte di Frontiera: N. Y. Grafitti, Galleria Communale d'Arte Moderna di Bologna, Itália; Colaborações: Jean-Michel Basquiat, Francesco Clemente, Andy Warhol, Gallery Bruno Bischofberger, Zurique, Suíça; Art, Area, Nova York, Estados Unidos.
1983/84
Bact to the USA: Amerikanische Kunst der Siebziger und Achtziger, Kunstmuseum Luzern, Suíça; Written Imagery Unleashed in the Twentieth Century, Fine Arts Museum of Long Island, Hempstead, Nova York, Estados Unidos.
1983
Biennial Exhibition, Whitney Museum of American Art, Nova York, Estados Unidos; Post Graffiti, Sidney Janis Gallery, Nova York, Estados Unidos; Intoxication, Monique Knowlton Gallery, Nova York, Estados Unidos; Paintings, Mary Boone Gallery, Nova York, Estados Unidos; Mary Boone and Her Artists, The Seibu Museum of Art, Tóquio, Japão; Food for the Soup Kitchens, Fashion Moda, Bronx, Nova York, Estados Unidos; From the Streets, Greenville County Museum of Art, Estados Unidos; Terminal New York, Brooklyn Navy Yard, Nova York, Estados Unidos; Expressive Malerei nach Picasso, Galerie Beyeler, Basiléia, Suíça; Champions, Tony Shafrazi Gallery, Nova York, Estados Unidos; Group Show, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1982/83
New York Now, Kestner-Gesellschaft, Hannover, Alemanha; Group Show, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1982
New New York, University Fine Arts Galleries, School of Visual Arts, Florida State University, Tallahassee, Estados Unidos; Body Language: Current Issues in Figuration, University Art Gallery, San Diego State University, San Diego, Estados Unidos; Avanguardia Transavanguardia, Mura Aureliane da Porta Metronia a Porta Latina, Roma, Itália; Transavanguardia: Italia/America, Galleria Civica del Comune di Modena, Itália; New York, Sidney Janis Gallery, Nova York, Estados Unidos; Fast, Alexander F. Milliken Gallery, Nova York, Estados Unidos; Documenta 7, Kassel, Alemanha; The Expressionist Image: American Art from Pollock to Today, Sidney Janis Gallery, Nova York, Estados Unidos; The Pressure to Paint, Marlborough Gallery, Nova York, Estados Unidos; Still Modern After All These Years, The Chrysler Museum, Norfolk, Estados Unidos; Drawings, Blum Helman Gallery, Nova York, Estados Unidos; Group Show, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1981/82
Group Show, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1981
New York/New Wave, P.S. 1, Institute for Art and Urban Resources, Long Island City, Nova York, Estados Unidos; Lower Manhattan Drawing Show, Mudd Club, Nova York, Estados Unidos; Beyond Words: Graffti Based-Rooted-Inspired Works, Mudd Club, Nova York, Estados Unidos; Public Address, Annina Nosei Gallery, Nova York, Estados Unidos.
1980
Time Square Show, Colab (Collaborative Projects Incorporated) and Fashion Moda (organizers), 41st Street and Seventh Avenue, Nova York, Estados Unidos.


Coleções públicas


Osaka City Museum of Modern Art, Japão;
Chicago Art Institute, Illinois, Estados Unidos;
Everson Museum of Art, Syracuse, Nova York, Estados Unidos;
Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos;
Kestner-Gesellschaft, Hannover, Alemanha;
Museum Boymans-van Beuningen, Roterdã, Holanda;
Museum of Contemporary Art, Chicago, Estados Unidos;
Museum of Contemporary Art, Los Angeles, Estados Unidos;
Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos;
Museum of Fine Arts, Montreal, Canadá; Whitney Museum of American Art, Nova York, Estados Unidos.